Um grupo de passageiros invadiu e depredou a estação de trem de Francisco Morato, na Grande São Paulo, por volta das 9h desta quarta-feira durante a greve de ferroviários no Estado. Segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), um passageiro incitou os demais a jogarem pedras na entrada da estação, que estava fechada. O muro principal foi destruído. A Polícia Militar reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e o confronto só chegou ao fim quando o homem foi detido e encaminhado a uma delegacia próxima ao local.
Agentes da Tropa de Choque da PM ainda estão no local e fazem um cordão para isolar a entrada da estação. A revolta foi motivada pela paralisação parcial da Linha 7-Rubi, que funcionava apenas entre as estações Barra Funda e Caieiras. Após a depredação, a Estação Francisco Morato começou a funcionar, assim como a Estação da Luz, no Centro da capital paulista. Outras três linhas de trens foram afetadas.
O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, ameaça cortar ponto dos funcionários da CPTM que estão parados. O governo de São Paulo vai pedir à Justiça do Trabalho que decrete a ilegalidade da greve para que, até o fim do dia, os ramais voltem a funcionar completamente. Ele afirma que a greve afeta apenas 500.000 pessoas.
Segundo Pelissioni, a greve é ilegal por não atender no mínimo 90% do efetivo na hora de pico, conforme determinado pela Justiça. “Esse tipo de serviço de transporte sobre trilhos é considerado serviço essencial. Mesmo paralisados, os sindicatos deveriam atender o mínimo de 90% na hora do rush“, afirmou.
Uma liminar dada pela Justiça proíbe a liberação de catracas e determina contingente mínimo de 90% do efetivo de maquinistas e 70% de demais atividades nos horários de pico, além de efetivo de 60% nos demais horários.
Após assembleia na tarde desta quarta-feira, os sindicatos de parte dos ferroviários decidiram suspender a greve.
(Da redação)