Sob escolta e de helicóptero, Marcola vai a hospital de Brasília
Apontado como o chefe do PCC, o preso passou por uma bateria de exames; ele está preso no sistema penitenciário federal
O líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Herbas Camacho, o Marcola, saiu nesta terça-feira da penitenciária federal de Brasília para fazer uma bateria de exames de rotina no Hospital de Base do Distrito Federal, em Brasília.
Marcola foi à unidade hospitalar de helicóptero e escoltando por agentes federais fortemente armados. Além dos guardas penitenciários federais, a operação também contou com a ajuda da Força Nacional e da Polícia Federal.
Em nota, o ministério da Justiça informou que este dia, no período de férias escolares, foi escolhido para “causar o menor contrangimento possível à população”. “Não houve congestionamentos e alterações significativas na rotina da região”, diz o texto.
O procedimento feito não detalhado por uma questão de sigilo médico, segundo o ministério. Presos de alta periculosidade como Marcola costumam fazer exames rotineiros na própria penitenciária em que estão confinados, e só são autorizados a sair quando precisam se submeter a procedimentos mais complicados.
Ele está no sistema penitenciário federal desde março de 2019, quando foi transferido do presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, após a descoberta de um suposto plano para resgatá-lo.
O Ministério Público de São Paulo aponta Marcola como o chefe máximoo da facção, que nasceu em São Paulo e hoje exerce influência sobre penitenciárias de diversos estados e controla boa parte das rotas de tráfico de drogas do país.
Marcola cumpre pena por homicídio, tráfico de drogas, roubo e formação de quadrilha – somadas, as sentenças pelas quais foi condenado chegam a 330 anos.