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Senado ainda não exonerou nenhum dos diretores

Uma semana depois de anunciar a redução pela metade dos 181 cargos de diretores, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não exonerou ninguém até agora. Nem mesmo os 50 diretores que tiveram seus nomes divulgados na última sexta-feira foram afastados. A maquiagem nos cortes de pessoal e de gastos do Senado deverá continuar: “quatro […]

Por Da Redação
25 mar 2009, 08h36
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  • Uma semana depois de anunciar a redução pela metade dos 181 cargos de diretores, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não exonerou ninguém até agora. Nem mesmo os 50 diretores que tiveram seus nomes divulgados na última sexta-feira foram afastados. A maquiagem nos cortes de pessoal e de gastos do Senado deverá continuar: “quatro ou cinco” diretores da lista de 50 exonerados serão mantidos e parte dos cargos de direção será “transformada”. Os seus ocupantes continuarão recebendo gratificação, mas com valor inferior ao pago hoje aos diretores.

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    Em nova versão sobre o enigmático organograma, anunciada na terça-feira, o Senado não tem mais 181 diretorias: agora são 38 secretários com status de diretor, além de cinco cargos da cúpula administrativa da Casa. O restante, 138 cargos, são mesmo de “diretorias de fantasia”, conforme definiu o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI). Segundo ele, a ideia é reduzir para 20 secretarias, no máximo, o número de diretorias no Senado. Esse seria o quadro em 2001. “Esse número de 181 nunca existiu. Estamos falando em números reais de 38 diretorias”, disse Heráclito.

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    Apesar de participar da reunião da Mesa Diretora que decidiu pelo corte, Sarney mantém-se distante da imprensa e avisou que não falará mais sobre problemas administrativos. Além de identificar 203 cargos de confiança na diretoria-geral do Senado, a faxina que está sendo feita na Casa descobriu que o ex-diretor Agaciel Maia reservou 150 dessas vagas para os senadores preencherem. Parlamentares atribuem ao uso dessa cota o aval concedido pela Mesa Diretora às propostas de multiplicação de cargos levadas adiante nos 14 anos em que Agaciel comandou a máquina administrativa da Casa.

    Vagas – A distribuição de cargos está na origem do poder do ex-diretor. É o caso do aumento dos cargos de diretoria, a ponto de a instituição superar uma multinacional de grande porte, com 181 postos, sendo mais de 70% deles criados na segunda gestão de Sarney na presidência da Casa (2003-2005). O resultado é que a capacidade de contratação do Senado é de mais de 13.000 servidores. Isso é possível graças a mecanismos que permitem multiplicar as atuais 2.864 vagas oficialmente ocupadas por comissionados. Cada um desses cargos pode ser desdobrado em outros de salários menores.

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    Os ocupantes dessas vagas comissionadas não são submetidos a concurso público nem precisam apresentar grau de escolaridade. A única exigência é que atendam às expectativas do senador que o contrata e de seu gabinete. As resoluções autorizam, por exemplo, cada um dos gabinetes dos 81 senadores a contratar 88 servidores: 79 comissionados e 9 efetivos. Já os gabinetes extras, dos líderes e dos componentes da Mesa podem empregar 92 servidores. O número de contratados aumenta na presidência do Senado, chegando a 194. O primeiro-secretário pode contratar 100 pessoas.

    (Com Agência Estado)

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