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Amapá terá rodizio de energia com seis horas de duração por região

Moradores se queixam de diferença de horário; restabelecimento do serviço continua incerto

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 8 nov 2020, 18h35 - Publicado em 8 nov 2020, 17h04

A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA)  determinou, neste domingo, 8, um rodízio de 6 horas para fornecimento de energia em 13 cidades que sofrem com a falta de luz desde, terça-feira, 03, quando uma subestação de distribuição de energia  pegou fogo, após ser atingida por um raio.  Segundo a CEA, a medida é necessária  porque apenas 65%  da capacidade do sistema elétrico foi restabelecida, depois que foi realizado o reparo em um dos transformadores  danificados. Regiões que abrigam hospitais e outros serviços considerados essenciais  terão energia durante 24 horas, garante a companhia. 

Ainda que alivie um pouco as dificuldades, o rodízio tem gerado controvérsia entre os moradores,  principalmente quanto aos horários do fornecimento. Com as altas temperaturas do Estado, a população tem passado as noites em claro, sem contar com ar condicionado, ou ventilador. Muitos bairros permaneceram sem luz durante a madrugada. 

A falta de energia atingiu também o abastecimento de água. Em bairros  nos arredores de Macapá,  os moradores dependem de doações para conseguir água potável. “Estamos em meio a uma segunda onda de Covid-19”,  explica o senador Randolfe Rodrigues (Rede). “Temo que os números da pandemia aumentem, agravando ainda mais o quadro. Vivemos o caos”, diz.

Os supermercados estão desabastecidos e muitos comerciantes  que dependem do fornecimento de energia, perderam toda a mercadoria. “Tive mais de 20 mil reais de prejuízo,  a carne estragou e precisei jogar tudo fora”, conta o dono de um açougue, em Santana. 

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Enquanto a situação não se resolve,  a capital Macapá é palco de diversos protestos.  Na madrugada deste domingo, 08, manifestantes queimaram pneus na BR 156, que dá acesso  ao norte do Estado. Manifestantes também se concentraram em frente a uma das subestações do entorno da capital. 

O incêndio atingiu um dos transformadores da empresa Isolux,  responsável por fazer o rebaixamento da tensão da energia que chega por meio do linhão de Tucuruí.  Outro transformador foi parcialmente atingido e um terceiro,  que deveria  servir de reserva, está em manutenção há  cerca de um ano. 

A normalização do serviço ainda permanece incerta. O Ministério de Minas e Energia  prevê que ela deve ocorrer somente no fim de semana que vem, sem,  no entanto,  precisar uma data.  A Justiça acatou uma ação popular movida pelo Senador Randolfe contra a empresa Isolux, a Agência Nacional de Energia Elétrica e a União, que obriga a solução do problema em todo estado em até três dias. O próprio Senador admite, porém,  que haverá dificuldade no cumprimento desse prazo, já que é preciso instalar um novo transformador que estaria em Laranjal do Jari,  no sul do Amapá. “É um equipamento de cem toneladas. Por causa do porte,  só dá para ser enviado via balsa e isso demora, pelo menos, 15 dias”, explica Rodrigues. 

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