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Quem são os manifestantes que apoiam Bolsonaro no Rio

Vacinadas com duas doses, pessoas no protesto reclamam do STF e de governos anteriores

Por Marina Lang Atualizado em 7 set 2021, 14h37 - Publicado em 7 set 2021, 14h34

A certeza de que as duas doses de vacina trariam proteção suficiente foi o mote que justificou a presença de manifestantes sem máscara nesta terça-feira, 7, na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram para protestar contra o Supremo Tribunal Federal (STF), a favor do voto impresso e apoiando as Forças Armadas.

Todas as pessoas consultadas por VEJA alegaram que tomaram as duas doses da vacina contra o coronavirus – 53,5% dos habitantes da capital já estão com o ciclo de vacinação completo, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. Bolsonaro criticou os imunizastes ao longo de sua gestão, que é alvo de investigações na CPI da Pandemia no Congresso Nacional.

O advogado Ernani Furtado, de 63 anos, defendeu o voto auditado e exigiu mudanças no sistema eleitoral.

“Estou aqui manifestando o desejo de mudança. É isso que o povo brasileiro está precisando nesse momento: de mudança. Não dá para tolerar a covardia que eles estão fazendo, principalmente no Supremo, porque me preocupa muito essas eleições sem ter o voto auditado. É primordial para a democracia, independente de ser Bolsonaro ou outra pessoa. Não estou apoiando, simplesmente, o presidente Bolsonaro, estou apoiando a democracia do Brasil”, declarou.

O advogado Ernani Furtado, de 63 anos -
O advogado Ernani Furtado, de 63 anos – (Marina Lang/VEJA)

Perguntado sobre o fato de estar sem máscara em meio à aglomeração de manifestantes, ele minimizou.

“As pessoas fazem muita utopia da pandemia. Ela está aí, eu já fui contaminado, mas estamos em um ambiente aberto. Já fui vacinado por duas vezes, então não vejo a necessidade de máscara. Eu acho, inclusive, que a máscara não protege tanto quando as pessoas propagam, mas se cuidar, sim, se vacinar, tomar a medicação. Máscara é um paliativo. Não vejo necessidade no Sol, na beira da praia”, argumentou.

Já professora Rosana Borges, de 41 anos, atribuiu os problemas pelos quais o país vem passando a gestões anteriores, ainda que Bolsonaro esteja no terceiro ano do mandato.

“Minha motivação é um Brasil melhor. Temos vivido num país em crise de governos passados, que usurparam do povo brasileiro. Queremos uma diferença. Não me preocupo com a pandemia, estou vacinada, tomei as duas doses. Por isso não estou preocupada. Acredito na vacina, o povo fez questão da vacina. Não acho que Bolsonaro negligenciou as vacinas”, resumiu.

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A professora Rosana Borges, de 41 anos -
A professora Rosana Borges, de 41 anos – (Marina Lang/VEJA)

A contadora Jussara Ribeiro Brito, de 60 anos, também criticou a Suprema Corte do país.

“Eu vim apoiar as causas da liberdade. O STF está tomando atitudes que a gente não está concordando. Estamos aqui para protestar e querer mudanças. E apoiar o presidente”, declarou.

A contadora Jussara Ribeiro Brito, de 60 anos -
A contadora Jussara Ribeiro Brito, de 60 anos – (Marina Lang/VEJA)

Sobre o fato de estar sem máscara com duas amigas – também sem o acessório de contenção à pandemia, ela justificou: “Estou com minha máscara aqui, mas estou tomando cerveja, por isso estou sem. Não estou preocupada porque já tomei as duas doses. Não tenho tanta preocupação quanto a isso, não”.

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