Presos cinco suspeitos de atacar UPP de Manguinhos
Criminosos colocaram fogo em cinco contêineres e dois veículos da Unidade de Polícia Pacificadora. Ataque motivou convocação do Exército
Foram presos nesta terça-feira cinco homens suspeitos de terem participado do ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela Nelson Mandela, no Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O ataque ocorreu na noite do dia 20 de março e foi a justificativa para que o governador Sérgio Cabral (PMDB) pedisse à presidente Dilma Rousseff (PT) apoio do Exército no policiamento no Complexo da Maré.
Os criminosos arremessaram coquetéis molotov em cinco contêineres e duas viaturas da UPP (uma picape Nissan e um Logan), que pegaram fogo e ficaram completamente destruídas. O soldado Ramos foi ferido por um pedrada na cabeça. Levado ao Hospital Getúlio Vargas, foi medicado e liberado. Na mesma ocasião, também em Manguinhos, cinco pessoas foram baleadas durante um tiroteio entre a polícia e traficantes. O capitão Gabriel Toledo, comandante da UPP, foi uma das vítimas, ao ser atingido na virilha. Ele foi operado e passa bem.
Após o tiroteio, dois homens baleados, que seriam moradores de Manguinhos, deram entrada no Hospital Salgado Filho. Valdeir Nunes Souza, de 51 anos, ficou ferido na coxa esquerda; e Robson Evangelista Cristóvão, de 36, foi atingido na perna direita. Outras duas pessoas baleadas deram entrada na UPA de Manguinhos: Anderson Barros de Barros, de 19 anos, atingido nas costas, e Carlos Alberto Silva Junior, de 20, ferido no peito.
Para se aproveitar da confusão em Manguinhos, traficantes do Comando Vermelho decidiram atacar a tiros outras duas UPPs em favelas controladas pela facção: Camarista Méier (no Complexo do Lins) e Nova Brasília (Complexo do Alemão). Houve confronto com policiais, mas sem registro de feridos. Ninguém foi preso. Na Camarista Méier, um ônibus foi incendiado.
Leia também:
PF prende cinco policiais militares da UPP da Rocinha
Enquanto governo comemorava triunfo na Maré, policiais eram encurralados no Alemão
O Brasil precisa de uma nova polícia