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Enquanto governo comemorava triunfo na Maré, policiais eram encurralados no Alemão

Policiais relataram problemas com fuzis emperrados enquanto eram atacados por traficantes. Dois PMs foram baleados na ação

Por Da Redação
31 mar 2014, 19h51

No início da noite de domingo, horas depois da operação para ocupação de pontos estratégicos do Complexo da Maré, a página oficial do governo do Estado do Rio no YouTube publicou um vídeo que oscilava entre o ufanismo e a ingenuidade, com trilha semelhante à dos filmes de ação. O vídeo, de pouco mais de um minuto, mostrava os policiais a caminho do Complexo da Maré. Era uma espécie de comemoração pela “retomada”. Horas depois, em outra favela ocupada, no Complexo do Alemão, os policiais da UPP vivenciaram algo bem mais dramático: um grupo de policiais ficou sob fogo cerrado dos traficantes, com dois agentes baleados e relatos de falhas no armamento.

O vídeo ‘comemorativo’ foi retirado do YouTube nesta segunda-feira. Segundo a assessoria de imprensa do governo estadual, “o vídeo não estava de acordo com a mensagem que o governo do Rio quer transmitir à população”. Um áudio que revela a situação real dos policiais nas UPPs continua disponível, com relatos desesperados de policiais sob ataque.

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No momento do ataque aos policiais da UPP do Alemão, agentes afirmaram, pelo rádio, que dois fuzis tinham emperrado na hora dos disparos. A ação, de acordo com o jornal Extra, resultou em ferimentos para o soldado Gustavo Cordeiro, de 28 anos, baleado no nariz e com uma bala alojada no pescoço, e para o policial identificado como Moura. Pelo rádio, um policial informava à base sobre a situação crítica no local do confronto. “Procedendo com um policial. Outro se encontrava mais à frente, mas a guarnição não conseguiu resgatar (…) Há mais um policial baleado no local”, disse. Outra gravação traz o relato sobre a falha no armamento. “Dois fuzis emperraram aqui. Não estamos conseguindo tirar as munições. Base Canitar sendo alvejada”, avisava.

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Apesar das gravações, a coordenadoria de Polícia Pacificadora informou que não recebeu relatos de problemas com armas na noite de domingo no Alemão. “Não foi relatado ao comando da unidade qualquer incidente ocorrido com a arma. Vale destacar que, há menos de um mês, a UPP recebeu 17 fuzis novos e munições. Além disso, todo policial tem o dever de fazer a manutenção de primeiro escalão quando retira a arma da reserva de armamento (RUMB), antes de sair para o serviço. Se for percebido qualquer problema, esta arma é substituída imediatamente. Importante destacar também que essas armas passam por constante manutenção, e os policiais que trabalham na RUMB recebem treinamento especializado em manutenção de armamento”, diz uma nota enviada ao site de VEJA.

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