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Preso no Rio, suspeito nega ter matado galerista americano

Polícia investiga relação de Alejandro Prevez com ex-marido de Brent Sikkema, também cubano. Acusado deve prestar depoimento hoje

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jan 2024, 13h57 - Publicado em 20 jan 2024, 13h16

Na noite desta sexta-feira 19, por volta das 20h15, o cubano Alejandro Triana Prevez, 30 anos, suspeito de matar o galerista americano Brent Sikkema, de 75, chegou à Delegacia de Homicídios da Capital, no Rio de Janeiro. Escoltado por policiais, ele negou ter assassinado o coproprietário da galeria Sikkema Jenkins & Co, em Nova York, após sair da viatura. “Eu não matei o Brent e não conhecia ele. Me culparam, porque não sei o que está acontecendo. Não fiz nada”, afirmou.

Prevez foi detido na madrugada de quinta-feira, 18, por equipes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil de SP, na Rodovia BR-050, que liga Minas Gerais à Brasília. Com ele, a polícia encontrou 3000 dólares.

Na casa do suspeito em São Paulo, que se apresentava como professor de espanhol nas redes sociais e teria escrito um livro de 92 páginas sobre reflexões amorosas intitulado “Reflexões cinzentas do amor”, em que relatava experiências de vida e momentos de luxúria, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ) apreendeu dois sapatos pretos, um boné e duas mochilas, além um tênis que, segundo os agentes, coincide com o utilizado pelo assassino na noite do crime.

Os policiais também acharam sangue no banco do Fiat Palio prata usado no homicídio do galerista, que foi emprestado ao suspeito por uma mulher que o acolheu quando ele se refugiou no Brasil após a morte de sua mãe, Letícia, de quem era amiga. “Não esperava” afirmou a dona do veículo ao jornal O Globo. “Fiquei muito magoada, chateada com isso tudo. Não esperava que ele fosse capaz desse tipo de coisa. Eu o acolhi, fiquei com dó, o ajudava. Não achei que ele tinha esse tipo de personalidade, porque a mãe dele era uma doutora, alguém de ótima índole”, completou. De acordo com a mulher que não quis ser identificada, ela emprestou o automóvel para Trevez porque ele disse que faria uma entrega na capital paulista.

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A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga ainda uma ligação de Trevez com o ex-marido de Sikkema, Daniel García Carrera, que também é cubano. Segundo os investigadores, o acusado teria prestado serviços de segurança ao casal durante o período da pandemia da Covid-19, em Cuba. Dois dias antes de ser assassinado o galerista teria contado a amigos que passava por um processo milionário de divórcio e lutava para ver novamente o filho de 12 anos, que está com Daniel no Caribe, onde a vítima mantinha casa. Ainda segundo amigos, o ex-marido exigia o pagamento de uma pensão de 6 milhões de dólares.

De acordo com a DHC, o acusado deve prestar depoimento neste sábado, 20.

Crime Hediondo

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Brent Fay Sikkema foi brutalmente assassinado com 18 facadas no rosto e tórax dentro de sua casa no Jardim Botânico, na zona sul do Rio. A advogada da vítima declarou que o suspeito também roubou cerca de R$ 180 mil, dinheiro que o galerista usaria para mobiliar um apartamento recém-comprado no Leblon, além de joias.

Segundo a polícia, o assassino vigiou a casa do galerista durante 14 horas, estacionando o Fiat Palio prata no local por volta das 14h20 do último sábado 13, e ficando nas proximidades até 3h57 de domingo, 14, o que sugere um crime premeditado. Ao entrar na casa da vítima, o acusado teria ficado por 14 minutos.

O corpo de Sikkema foi encontrado na segunda-feira, 15, pela advogada Simone Nunes, amiga da vítima que estranhou a falta de resposta às mensagens dela durante o final de semana. Segundo a polícia, ela tinha as chaves do imóvel e encontrou o galerista morto na cama.

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