Presa pela Polícia Federal na manhã deste domingo, 18, em sua casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, Elaine Lessa acabou de chegar à cadeia pública de Benfica. Elaine e o marido, Ronnie Lessa, preso por matar a vereadora Marielle Franco há três anos, tiveram nova prisão decretada pela Justiça Federal por tráfico internacional de armas.
Essa, porém, não é a primeira passagem de Elaine no sistema prisional fluminense. Há dois dias, ela recebeu o benefício de responder em liberdade depois de ser condenada pelo crime de destruição de provas – a suspeita é que a quadrilha, integrada por Elaine, Ronnie, o cunhado dele e dois amigos, tenham se desfeito da arma usada para cometer o crime contra Marielle. Após ser presa em casa, Elaine passou pelo Instituto Médico Legal antes de ser levada à Benfica.
O pedido de prisão do casal foi feito à Justiça pelo Ministério Público Federal, que afirmou que quebra-chamas, item importado ilegalmente pela dupla e usado para reduzir ruídos e o clarão provocado por disparos, é um acessório utilizado em emboscadas.
Policial reformado, Ronnie Lessa, hoje preso no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, será levado a júri popular como o executor de Marielle. Além dele, está implicado no crime o ex-policial Élcio Vieira de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado na noite de 14 de março de 2018, quando a parlamentar e seu motorista, Anderson Gomes, foram alvejados e mortos.
Há cinco dias, as promotoras Simone Sibilio e Letícia Petriz deixaram a força-tarefa responsável por investigar o Caso Marielle por risco de “interferências externas”. A saída de Simone e Letícia coincidiu com a troca de delegado e a delação de Julia Lotuffo, viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, ex-chefe do Escritório do Crime.