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Por ‘motivo em sigilo’, Odebrecht desiste de testemunhas

Empreiteiro, que negocia delação premiada com o MPF, já havia declinado de pedido de liberdade e do depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 out 2020, 16h17 - Publicado em 19 jul 2016, 14h53

Em meio às tratativas com o Ministério Público Federal por um acordo de delação premiada, Marcelo Odebrecht informou ontem ao juiz federal Sergio Moro que desistiu dos depoimentos de todas as 14 testemunhas de defesa na ação penal em que é réu por comandar um departamento na Odebrecht ocupado apenas do pagamento de propina. Os ex-ministros Antonio Palocci, Guido Mantega e Edinho Silva estavam entre as testemunhas arroladas por Odebrecht. O advogado criminalista Nabor Bulhões, que defende o empreiteiro e assina a petição encaminhada ao magistrado, afirma que “a iniciativa se relaciona a motivo que se encontra sob sigilo”.

O empreiteiro já havia avisado Moro, na semana passada, que dispensaria o depoimento por escrito da presidente afastada Dilma Rousseff na mesma ação penal. A defesa alegou a “desnecessidade desse depoimento, a esta altura, considerando o quanto já apurado na instrução processual consubstanciada na prova produzida pelo Ministério Público Federal”.

Também por “motivo que se encontra sob sigilo”, o advogado já havia avisado a Sergio Moro na semana passada que o empreiteiro desistia de um pedido de liberdade feito ao juiz no último dia 5. Marcelo Odebrecht já foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão na Lava Jato pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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“Operações estruturadas” – As investigações da 26ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Xepa, escancararam um sistema de pagamento de propina instalado na Odebrecht: o Setor de Operações Estruturadas.

Em depoimento prestado em acordo de delação premiada, a secretária Maria Lúcia Tavares revelou que todos os pagamentos paralelos deviam constar no sistema MyWebDay, uma espécie de ‘intranet da propina’ da Odebrecht.

O sistema era de tal maneira organizado que altos executivos da empresa eram os responsáveis por liberar os pagamentos ilícitos. O departamento da propina era composto, além de Maria Lúcia, de Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, superior hierárquico da secretária, e também de Ângela Palmeira Ferreira, Alyne Nascimento Borazo e Audenira Jesus Bezerra. As duas últimas davam apoio a Fernando Migliaccio da Silva, Luiz Eduardo da Rocha Soares e Hilberto Silva. Outros executivos de alto escalão também integravam o sistema – incluindo o herdeiro Marcelo Odebrecht.

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