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Odebrecht depõe em pedido de investigação sobre Romário

O pedido de investigação é sigiloso e baseado em mensagens em que Marcelo Odebrecht e BJ mencionam o senador sobre dinheiro de campanha

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jul 2016, 18h16 - Publicado em 18 jul 2016, 17h38

Em meio às negociações para que o empreiteiro Marcelo Odebrecht e executivos do conglomerado fechem um amplo acordo de delação premiada na Operação Lava Jato e elenquem centenas de políticos que receberam propinas e doações eleitorais em caixa dois, Odebrecht e o ex-presidente do grupo Benedicto Barbosa Júnior, conhecido como BJ, vão depor no dia 26 de julho, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Em Curitiba, onde Marcelo está detido desde junho do ano passado, e em São Paulo, onde fica BJ desde que entregou o passaporte por ordem do juiz Sergio Moro, os dois serão questionados pela primeira vez sobre repasses de dinheiro ao senador Romário (PSB-RJ), pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.

BJ guardava a sete chaves uma espécie de contabilidade informal da Odebrecht com referências a autoridades e a respectiva menção a valores. O documento foi apreendido em março na casa de Benedicto em cumprimento a um mandado de busca na 23ª fase da Operação Lava Jato, etapa que teve como alvo o marqueteiro João Santana, que já trabalhou nas campanhas presidenciais de Lula e Dilma. A partir da delação premiada da secretária Maria Lúcia Tavares, que trabalhava na Odebrecht, a Polícia Federal tornou público o “setor de propinas” da companhia, eufemisticamente chamado de Departamento de Operações Estruturadas. As evidências contra Romário, contudo, foram colhidas ainda em 2015.

Nos mandados de busca e apreensão feitos em junho do ano passado, quando foram levados para atrás das grades Marcelo Odebrecht e o então presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo, os investigadores se depararam com indícios do que o procurador-geral da República Rodrigo Janot chamou de “prática habitual e sistemática de pagamento de propina”.

O ex-camisa 11 da Seleção foi citado em uma troca de mensagens entre os dois executivos da Odebrecht. Logo após as eleições de 2014, Marcelo e BJ fazem menção ao valor de 100.000 reais ao ex-atleta. Na prestação de contas de Romário à Justiça Eleitoral, no entanto, não há qualquer registro de doações do Grupo Odebrecht, o que levou Janot a pedir investigação sobre um possível caixa dois do senador. Romário nega irregularidades.

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