Um policial da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona norte do Rio, foi baleado no rosto no início da madrugada desta sexta-feira. O soldado Wagner Cruz, 33 anos, fazia patrulhamento na favela quando foi atingido por tiros disparados por traficantes. Segundo PMs, criminosos também atacaram a sede da UPP, inaugurada em agosto de 2012.
Cruz foi socorrido por colegas, que o levaram para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Segundo informações do hospital, Wagner foi reanimado e passou por uma drenagem para retirada de sangue dos pulmões. A bala está alojada na 1ª vértebra da coluna cervical. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o PM está internado no CTI em estado gravíssimo.
Segundo a PM, para evitar confrontos, o policiamento foi reforçado na favela com efetivo de diversas UPPs.
Ataque a UPPs – O projeto de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), iniciado em 2008 pela Secretaria de Segurança do Rio, vem enfrentando uma série de problemas, como ataques de traficantes e denúncias sobre abusos praticados por policiais. O caso mais emblemático é o do pedreiro Amarildo Souza, torturado e morto por policiais na sede da UPP da Rocinha, na noite de 14 de julho.
Os confrontos têm sido frequentes. No dia 2 de fevereiro a soldado Alda Rafael Castilho, da UPP do Parque Proletário, na Vila Cruzeiro, morreu após ser baleada na barriga durante uma troca de tiros na favela. Um policial militar e dois moradores também ficaram feridos.
Em dezembro, foram pelo menos quatro ataques a sedes de Unidades de Polícia Pacificadoras. A UPP do Lins foi atacada três vezes e a do São Carlos, uma. O caso mais grave registrado em dezembro ocorreu em Manguinhos, no dia 18, durante um protesto de moradores contra uma abordagem a um adolescente. Ao tentar conter manifestantes, que lançavam pedras contra a polícia, um PM fez um disparo para o alto e acabou atingindo o morador José Joaquim de Santana, de 81 anos, que estava na varanda de um apartamento.
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