Polícia pede para soltar boliviano suspeito de envenenar família
Alex Guinones Pedraza deve deixar o Centro de Detenção Provisória de Suzano nas próximas horas; polícia acredita que ele não atrapalhará investigações
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pediu, nesta terça-feira, a revogação do pedido de prisão temporária de Alex Guinones Pedraza, de 33 anos, suspeito de participação na morte da namorada, a auxiliar de enfermagem Dina Vieira Lopes da Silva, de 42 anos, e dos quatro filhos dela. O crime aconteceu no último dia 17, no apartamento onde a família morava, em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo.
Segundo a advogada de Pedraza, Patricia Vega dos Santos, a polícia se baseou no laudo do Instituto de Criminalística para pedir a liberação do suspeito. A análise concluiu que as mortes não foram por envenenamento de alimentos consumidos na véspera da descoberta dos corpos. Uma perícia feita no apartamento da família também identificou problemas no sistema de aquecimento a gás do chuveiro. O DHPP explica que o alvará de soltura foi expedido pois o delegado responsável pelo caso entendeu que Pedraza não poderá atrapalhar as investigações, já que todos os depoimentos já foram colhidos.
O boliviano está no Centro de Detenção Provisória de Suzano, na região metropolitana de São Paulo, desde a última terça-feira, quando teve a prisão temporária de 30 dias decretada.
Envenenamento – A polícia investiga a hipótese de a auxiliar de enfermagem Dina Vieira Lopes da Silva e suas três filhas de 7, 11 e 16 anos e o filho de 12 anos terem sido mortos por intoxicação por gás. Os corpos foram encontrados no apartamento da família por Pedraza, que chamou a polícia.
Cada membro da família foi encontrado em cômodos diferentes da casa. As duas filhas mais novas estavam caídas no chão da sala. A mãe estava deitada de bruços numa cama de casal em um quarto. O garoto encontrava-se no quarto dos fundos, e a adolescente, no banheiro. Com exceção do menino, todas as vítimas estavam seminuas.
Segundo o boletim de ocorrências, a polícia encontrou o local já arrombado. Pedraza, junto com o subsíndico do prédio e um vizinho, havia aberto a porta à força e encontrado a cena do crime.
Uma jarra de suco, uma forma com bolo e uma panela de pressão com alimentos foram recolhidos para exames toxicológicos, que descartou a possibilidade dos alimentos estarem envenenados.