Suspeito de matar mãe e quatro filhos é preso em SP
Boliviano Alex Pedrazza foi denunciado três vezes por violência doméstica pela namorada Dina Lopes da Silva, achada morta em Ferraz de Vasconcelos (SP)
O boliviano Alex Guinones Pedrazza, de 33 anos, foi detido na madrugada desta quarta-feira, após ter a prisão temporária decretada pela Justiça de São Paulo. Pedrazza foi levado para a carceragem da delegacia de Suzano, na Grande São Paulo. Ele é suspeito de matar a técnica em enfermagem Dina Vieira Lopes da Silva, de 42 anos, e seus quatro filhos, três meninas, de 7, 11 e 16 anos, e um menino de 12 anos – a família foi encontrada morta em casa na noite de segunda-feira em Ferraz de Vasconcelos, também na Região Metropolitana de São Paulo.
Namorada de Pedrazza, Dina já havia denunciado três vezes o boliviano por violência doméstica – a última aconteceu dois anos atrás. Foi ele que pediu ajuda aos vizinhos para chamar a polícia após, supostamente, encontrar a técnica em enfermangem e os filhos já sem vida.
Alex Pedrazza chegou ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) por volta das 17 horas desta terça-feira. Ele foi chamado pelo delegado Itagiba Franco, responsável pelo caso, para prestar depoimento e afirmou que pediu ajuda ao vigia do prédio para arrombar da porta do apartamento de Dina, porém não entrou no local. Pedrazza estava descalço – seu tênis foi enviado para análise da perícia, que acabou detectando traços de resíduos que estavam dentro do apartamento, o que contraria a versão do boliviano.
Investigação – Um assistente do delegado Franco disse que a investigação ainda está no começo e que a polícia trabalha com várias hipóteses. A tese mais forte, por enquanto, é de que a família foi vítima de envenenamento, pois os corpos foram encontrados em meio a vômitos e fezes.
O vizinho da família, Daniel Régis, que ajudou Pedrazza a arrombar a porta do apartamento para tentar salvar a família, disse que as vítimas foram encontradas em posições que indicam sofrimento. Uma das adolescentes foi encontrada contorcida dentro do box do banheiro e o menino de 12 anos estava encolhido sobre a cama, segurando um cobertor com força. O corpo da mãe estava estendido sobre a cama de casal e o das duas filhas mais novas estavam no sofá e no chão da sala.
Régis revelou também que sentiu cheiro de gás no apartamento e forte odor de bebida alcoólica que exalava da boca de Pedrazza. O vizinho disse ter estranhado a reação do boliviano, quando os dois constataram que todos estavam mortos. “Ele não esboçou nenhuma reação e ficou sentado esperando os policiais no lado de fora do apartamento.”
Segundo o boletim de ocorrência, uma jarra de suco, uma forma com bolo e uma panela de pressão com alimentos foram recolhidos para exames toxicológicos. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Suzano, também na Grande São Paulo.
Atualizado às 10h30, de 18/09/2013