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Polícia de SP tem mandados contra 2.755 mortos

Por Da Redação
4 set 2011, 08h12

Por AE

São Paulo – A empregada doméstica Maria da Glória de Lima, o pedreiro Valter Tunes, o industrial Emilio Conti, o ex-médico Roger Abdelmassih e o advogado Mizael Bispo dos Santos têm pelo menos duas coisas em comum em São Paulo: são acusados de cometer crime no Estado e estão na lista de foragidos da Justiça. A empregada e o pedreiro têm ainda outra característica que os aproxima: os dois fazem parte de uma lista de 2.755 pessoas procuradas que já morreram.

Eles foram localizados nos últimos meses quando a polícia cruzou informações de arquivos físicos com as fichas eletrônicas do estoque de cerca de 115 mil ordens de prisão a cumprir. A faxina é parte de trabalho iniciado neste ano para se adequar ao banco nacional de mandados de prisão, que deve funcionar a partir de janeiro por ordem do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Um dos casos mais intrigantes é o do industrial Emilio Conti. Ele é procurado em São Paulo, mas nem a polícia sabe oficialmente se morreu ou continua vivo – a ordem de prisão dorme nas pastas da Divisão de Capturas desde 1923. E, mesmo quando consta nas fichas a informação de “falecimento”, é preciso cautela – geralmente ela é dada pela família do sentenciado. “Se estivesse vivo, ele teria 105 anos”, diz o delegado Waldomiro Milanesi, chefe da Divisão de Capturas da polícia paulista, referindo-se ao caso do industrial procurado pela Justiça há quase 90 anos. Conti nasceu em 1906. Processado pelo crime de “falência”, nunca foi preso.

“Essa localização dos casos é produto de uma revisão, uma auditoria”, explica o delegado sobre o trabalho nas pastas azuis da Capturas. No levantamento, agentes pesquisaram mandados de prisão para homicídios, estupros e casos da Lei Maria da Penha. Diante do emaranhado de fichas criminais, tentam sair do campo das estimativas – seriam 85 mil mandados no interior, 30 mil na capital e 500 novas ordens de prisão por dia no Estado – para obter uma estatística real. “Nos próximos meses, teremos ideia mais aproximada do problema e poderemos trabalhar para evitar erros de prisão ou soltura”, diz Milanesi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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