A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou nesta sexta-feira ter certeza de que o cinegrafista da Rede Bandeirantes atingido por um rojão na noite de quinta foi vítima de um dos manifestantes que protestavam contra o aumento da passagem de ônibus na cidade. Uma perícia realizada de manhã encontrou fragmentos do artefato que explodiu próximo à cabeça de Santiago Andrade. Ele continua internado em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar.
“Tenho convicção de que o explosivo não foi lançado pelas forças de segurança e sim colocado por uma pessoa que participava da manifestação”, afirmou o delegado Maurício Luciano de Almeida, titular da 17ª DP (São Cristóvão), durante coletiva de imprensa realizada na chefia de Polícia. Segundo Almeida, o artefato usado é conhecido como rojão de vara ou rojão treme-treme, vendido livremente em lojas de fogos de artifício ao preço de 6 ou 7 reais a unidade.
A única exigência feita por lojas do ramo a compradores é que sejam maiores de 18 anos – não se cobra, contudo, a apresentação de documentos. De acordo com o delegado, é preciso autorização da Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (Dfae) da Polícia Civil para utilizar o rojão em via pública. Mas a regra fica só no papel. Por isso, afirma ele, “esse tipo de artefato tem sido apreendido de forma recorrente com manifestantes durante os protestos no Rio”.
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Suspeito – Um homem com blusa cinza e calça jeans que aparece em uma foto correndo logo após o artefato ter sido aceso é considerado suspeito. Para ajudar na identificação, os investigadores estão analisando imagens das câmeras de segurança da região do confronto e também da imprensa – inclusive as registradas pelo profissional ferido. Uma vez identificado, o manifestante responderá por tentativa de homicídio qualificado.
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