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PMs grevistas deixam o prédio da Assembleia Legislativa

Desocupação pacífica do local se dá na manhã desta quinta-feira após dez dias

Por Da Redação
9 fev 2012, 05h44
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  • Após dez dias de ocupação, os policiais militares grevistas da Bahia desocupam o prédio da Assembleia Legislativa do estado na manhã desta quinta-feira. Soldados do Exército, que cercam o prédio, fazem uma revista em todos os PMs que saem do local. As primeiras a deixarem o local foram as mulheres, que saíram a pé, seguidas por um grupo de homens. Depois, deixaram o local PMs em motos e, sem seguida, de carro. O líder do movimento, Marco Prisco, ainda está no local. Ele sairá da Assembleia diretamente para uma prisão do Exército. O fim da greve, porém, ainda não foi anunciado.

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    A desocupação foi anunciada ainda de madrugada pela advogado do grupo. A decisão foi tomada após a divulgação, pelo Jornal Nacional, de grampos telefônicos em que Prisco é flagrado incentivando atos de vandalismo no estado. Na noite desta quarta-feira, o cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, após viagem à Bahia. Benevuto é acusado de incitar o movimento grevista nos Bombeiros e na Polícia Militar do Rio.

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    Escutas telefônicas realizadas com autorização pela Justiça mostram Benevenuto negociando uma possível extensão do movimento grevista da Bahia ao Rio e a São Paulo. Um dos líderes da greve dos bombeiros no Rio no ano passado, Benevenuto foi enquadrado no crime de incitamento, de acordo com o Código Penal Militar.

    O contato entre os manifestantes dos diferentes estados da federação começou ainda em 2008 por causa da PEC 300 (proposta de emenda que estabelece piso salarial para policiais e bombeiros). Em 2011, pelo menos cinco reuniões em Brasília motivou o encontro do grupo. “O contato tem se dado de forma natural. Os estados enxergam que agora o momento é propício”, explica Daciolo. Nas cabeças dos líderes, não passa despercebido o fato de que, se começar uma greve na sexta, os dois maiores carnavais no país, Rio e Salvador, estarão ameaçados

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    Tensão – A greve por aumento salarial e pela concessão de gratificações já dura nove dias e provocou uma onda de crimes que já causou mais de 100 assassinatos pela falta de segurança. O governo do estado, que tem fracassado na negociação para dar fim ao movimento, lançou mão de propagandas no rádio para tentar sensibilizar os grevistas e acalmar os baianos e turistas. Nesta quarta-feira começou a ser veiculado um spot em que o governo explica a proposta feita aos grevistas e declara disposição em negociar.

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    O governador Jaques Wagner levou para a mesa de negociações o que diz ser sua maior oferta: o pagamento das gratificações que os policiais pedem até 2015. Segundo o governador, isso representaria um ganho real de 30% no salário dos PMs, hoje de aproximadamente 2 300 reais. Os representantes da categoria não concordaram com a proposta. Os principais pontos de discórdia são a anistia aos comandantes grevistas e a revogação dos pedidos de prisão de doze líderes do movimento.

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