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PF prende dez suspeitos de ligação com a máfia italiana

Operação Monte Pollino apreendeu 1,3 toneladas de cocaína em portos de vários países; a base de operação da quadrilha ficava em Santos (SP)

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 mar 2014, 20h44
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  • A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira dez pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas internacional. A investigação, iniciada há mais de um ano, foi feita em conjunto com as polícias da Inglaterra, Espanha e Itália, que detiveram mais duas pessoas na Europa. O grupo é acusado de ter ligações com a máfia calabresa – daí o nome da operação Monte Pollino, situado na região italiana da Calabria. Segundo as investigações, a organização criminosa comprava drogas na América do Sul e as distribuía em vários pontos da Europa. Ao todo, foram apreendidos 1,3 tonelada de cocaína pura – a maior apreensão foi feita num porto de Portugal.

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    Segundo o delegado Osvaldo Scalezi Junior, a base de ação da quadrilha no Brasil funcionava na cidade de Santos, no litoral paulista. Era para lá que a carga chegava da Bolívia e do Peru, países considerados fornecedores de cocaína. O porto de Santos era o local de escoamento da droga, que era guardada em malas de viagem, acondicionadas em contêineres e despachadas para a Europa. Dois funcionários do porto facilitavam a ação da quadrilha, permitindo o acesso dos criminosos aos navios e indicando aqueles que ancorariam em portos europeus – eles estão entre os dez presos. Além deles, mais seis pessoas havia sido detidas em flagrante no decorrer das investigações.

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    Simultaneamente, vinte mandados de busca e apreensão foram realizados em Portugal, Inglaterra, Espanha, Holanda, Sérvia, Montenegro e Peru. Oito pessoas continuam foragidas. A investigação no Brasil teve início em janeiro de 2013 após a polícia italiana informar às autoridades brasileiras sobre a ação da quadrilha.

    O delegado afirmou que os integrantes da organização eram “discretos e não costumavam ostentar riqueza”. Segundo ele, os pagamentos pelo trabalho dos brasileiros no esquema ocorriam em praças de alimentação de shoppings e supermercados da capital paulista. A quadrilha teria movimentado em torno de 6 a 10 milhões de euros. Com os detidos no país, foram apreendidos 760.000 reais e dez carros.

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    O delegado Cezar Luiz de Souza, coordenador-geral de Política de Repressão às Drogas da PF, disse que o sucesso da operação se deve à cooperação entre as polícias de diferentes países. “O tráfico de drogas não enxerga fronteiras nem limites. Por isso, a polícia precisa se esforçar para agir de forma cooperativa. Conseguimos hoje um resultado efetivo que desbaratou organizações criminosas atuantes no eixo Brasil-Europa”, concluiu.

    Também foi deflagrada nesta quinta-feira outra operação de combate ao tráfico de drogas e armas, denominada de São Domingos. Ao todo, cem agentes da PF cumpriram 24 mandados de prisão em três Estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

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