Os criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) planejavam seqüestrar parentes de funcionários de presídios do interior de São Paulo para exigir a libertação de lideranças da facção, que em 2006 aterrorizou o estado (foto). Segundo informa nesta sexta-feira o jornal O Estado de S. Paulo, os planos foram descobertos pela inteligência da polícia de São Paulo, que interceptou uma mensagem de janeiro em que líderes fazem ameaças ao governo do estado. A carta, redigida à mão, dava como prazo até o dia 15 de fevereiro para que as autoridades abrandassem as regras de carceragem das penitenciárias de Presidente Venceslau e de Avaré, listando oito reivindicações, como melhoria nas condições de visita íntima e o aumento do número de horas de banho de sol.
Simultaneamente à interceptação do ultimato, a polícia descobriu os preparativos para os sequestros. A Secretaria da Administração Penitenciária prendeu, no início de fevereiro, dois casais, com casas alugadas em condomínios de luxo em Presidente Prudente e Presidente Epitácio (próximas a Presidente Venceslau) e apreendeu com eles forte armamento, três fuzis, capuzes, celulares e coletes à prova de balas. O detento que disparou a mensagem foi transferido. Os diretores dos presídios recomendaram aos agentes atenção para evitar fugas nos dias 16 e 17 de fevereiro.