Parentes e advogados eram mensageiros de quadrilha
Detidos funcionavam como "pombo-correio" do grupo que já realizou 106 ataques no estado. Buscas por suspeitos continuam
Por Gabriel Castro, de Florianópolis
16 fev 2013, 13h07
A Polícia Civil de Santa Catrina acredita que, com a prisão de 25 pessoas neste sábado, a capacidade de articulação do grupo que realizou 106 atentados desde 30 de janeiro está comprometida. Dentre os presos, além de quatro advogados, estão namoradas e familiares de criminosos.”Todos os envolvidos têm indícios de autoria nos ataques e na difusão dos ‘salves'”, diz o delegado Akira Sato, coordenador do Departamento de Investigação Criminal (Deic) da Polícia Civil catarinense.
O delegado Antônio Cláudio Seixas, que participou da operação, confirma: “Eles serviam como pombo-correio, trazendo informações da cadeia”, afirma.
Os advogados detidos são Simone Vissotto, Francine Bruggermann, Gustavo Becker e João de Souza Barros. Os presos devem ser indiciados por formação de quadrilha, tráfico de drogas, incêndio, dano ao patrimônio público e corrupção de menores.
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Dos 97 mandados judiciais emitidos a pedido da polícia catarinense, 45 diziam respeito a criminosos que já estão em presídio. Os investigadores conseguiram cumprir 25 dos 52 restantes. As autoridades prometem continuar as buscas pelos outros 27 suspeitos nos próximos dias:”Não vamos dar trégua”, diz o delegado Akira Sato.
Na manhã deste sábado, 40 presos ligados ao Primeiro Grupo Catarinense (PGC) foram transferidos de presídios estaduais para unidades federais, em uma tentativa de desarticular a facção criminosa.
106º ataque – O número de ataques no estado chegou a 106 neste sábado. Por volta de 6h, a casa da irmã de um policial civil foi parcialmente incendiada em Balneário Rincão, no sul catarinense. Três garrafas de álcool vazia foram encontradas no local. O fogo atingiu apenas parte da fachada e do forro da casa. Ninguém foi preso.
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