Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Os alertas que não foram suficientes para evitar a catástrofe em SP

Órgão federal que monitora desastres naturais emitiu ao governo e às prefeituras mais de um aviso antes das enchentes prevendo problemas graves

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 fev 2023, 15h35 - Publicado em 22 fev 2023, 15h30

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu na manhã de sexta-feira, 17, um alerta de fortes chuvas no Sudeste. Na mesma data, o órgão federal realizou uma reunião com as defesas civis de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais sobre a necessidade de os estados e municípios se prepararem com antecedência para eventuais tragédias provocadas por precipitações de cerca de 200 milímetros. No dia seguinte, sábado, o órgão federal enviou novos alertas, ainda mais específicos, prevendo grande quantidade de chuva entre Santos e Ubatuba, no litoral de São Paulo.

Segundo a última contabilidade da tragédia, as enchentes provocaram 48 mortes.  Por que os alertas não foram levados a sério, como se deveria? “Não posso falar em falha nos recebimentos dos alertas. As mortes podem ter ocorrido por combinação de fatores, como a grande circulação de pessoas no Carnaval e o fato de São Sebastião ser muito extenso. Em dias normais, de ponta a ponta, o percurso pode levar uma hora, o que dificulta a ida de socorro imediatamente”, afirma Marcelo Seluchi, coordenador geral de operações do Cemaden.

Outra dificuldade para a remoção de pessoas em áreas de risco, que são mapeadas, é a rejeição das pessoas em sair de suas casas. Nesta quarta-feira, 22, o governador Tarcísio de Freitas disse que entrou na Justiça para que seja autorizado a tirar moradores de áreas de risco, após tentativas amigáveis. “As pessoas acham que podem ser roubadas e não saem. Em Recife, no ano passado, vimos a mesma situação”, diz Seluchi.

Para os próximos anos, o pesquisador e coordenador do Cemaden afirma que as cidades paulistas precisarão investir em sirenes, como ocorre em municípios a exemplo de Petrópolis, no Rio de Janeiro. “Os planos de contingência precisam ser atualizados. Mas Petrópolis tem áreas de risco mais concentradas, o que não é o caso das cidades do litoral norte paulista. Algo tem que ser feitos nesses locais”.

Continua após a publicidade

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.