Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Orçamento de parques e reservas será menor que em 2010

Somente 4% das unidades de conservação do ICMBio na Amazônia estão devidamente implantadas; retração de despesas afeta toda a área ambiental, diz especialista

Por Da Redação
5 set 2014, 10h36

Responsável pela gestão das reservas e parques nacionais, que ocupam quase 9% do território, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) terá em 2015 um orçamento menor que o de 2010 – ano em que o órgão ambiental efetivamente saiu do papel -, de acordo com o projeto de lei orçamentária enviado ao Congresso pelo Executivo na semana passada.

O Ministério do Planejamento havia estabelecido um limite de aproximadamente 200 milhões de reais para o ICMBio, que apontou dificuldades para manter a atual estrutura e negociou uma expansão para 280 milhões de reais, mas apenas 234,5 milhões de reais foram incluídos no projeto. O Planejamento alega que houve aumento de 11,5% em relação a 2014 e que o orçamento previsto para o ano que vem, já descontado o pagamento de servidores, será de 265,5 milhões de reais, mas o valor inclui despesas obrigatórias como sentenças judiciais e emendas parlamentares. De acordo com fontes do instituto, o valor “limpo” para gestão das unidades de conservação seria de 234,5 milhões de reais. Mesmo se for considerado o orçamento para 2015 informado pelo Planejamento, o valor é menor que o de 2010, último ano do governo Lula – 294,2 milhões de reais, em valores corrigidos e descontando a inflação.

Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, o ICMBio foi criado em agosto de 2007 na gestão da então ministra Marina Silva, hoje candidata à Presidência da República pelo PSB. O orçamento dos dois primeiros anos de atuação do órgão não foram usados na comparação porque o instituto estava se estruturando.

Leia também:

Desmatamento cresce 9,8% em um ano na Amazônia

Continua após a publicidade

Em muitos parques, a situação atual é de penúria. Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União no fim de 2013 concluiu que apenas 4% das unidades de conservação na Amazônia estão devidamente implementadas. A maioria não tinha plano de manejo, quadro de funcionários ou infra-estrutura minimamente adequadas para funcionar.

Um levantamento feito pelo professor Carlos Eduardo Frickmann Young, que coordena o Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Gema) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostra que a retração de despesas afeta toda a área ambiental.

Embora os gastos do Ministério do Meio Ambiente tenham crescido em termos reais, eles subiram em ritmo menor que o do orçamento federal. Em relação ao gasto total, as chamadas despesas discricionárias – não obrigatórias – do ministério vêm caindo. ICMBio não se pronunciou oficialmente.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.