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Onde e como procurar emprego na retomada da indústria

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 ago 2009, 22h40

O segundo semestre deve ser melhor que o primeiro para quem procura emprego na indústria. É o que dizem especialistas ouvidos por VEJA.com. “Foi retomada a busca por executivos, que nos últimos três meses estava parada, e também é possível perceber procura por profissionais de níveis não-executivos. Até pouco tempo, eram eles que nos procuravam, mas agora são buscados”, afirma o head hunter Robert Wong, da Robert Wong Consultoria Executiva. “A sondagem que fizemos em julho com 1.115 indústrias sinaliza que o período de ajustes já passou e que o setor pode voltar a contratar no terceiro trimestre”, diz Aloisio Campelo Junior, coordenador de sondagens conjunturais do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

De acordo com Wong e Campelo Junior, sete setores se mostram promissores: o de matérias plásticas (como tubos e conexões); o de celulose, papel e papelão; o da indústria química (de tinta e resina para fabricação de plástico); o de vestuário e calçados; o da indústria automobilística (incluindo o segmento de autopeças); o de materiais elétricos e de comunicação (como aparelhos celulares, televisores e DVDs); e o de energia (especialmente as alternativas, como a eólica). “O setor de serviços também é opção de emprego, porque sofreu menos com a crise. É um segmento que não depende do mercado externo”, diz Campelo Junior.

Segundo o coordenador da FGV, esta é a primeira vez desde outubro de 2008 que a sondagem mensal da fundação detecta mais empresas querendo contratar que querendo demitir. Mas o índice das que buscam mão-de-obra é menor que o registrado em julho do ano passado. Na época, 33,2% das indústrias pretendiam expandir a folha de pagamento no terceiro trimestre do ano. E 9,3% planejavam demitir. Em julho deste ano, 23,2% disseram querer contratar, enquanto 15,3% falaram em demissão.

“A pior fase da crise já passou”, diz Paulo Francini, diretor do departamento de economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), sem mostrar otimismo. Para ele, a indústria, que teve queda agressiva no fim do ano passado e no começo desse ano, mostra resultados “menos ruins”. E a boa notícia é exatamente essa: parou de cair. “Podemos ter um segundo semestre com algum ganho em contratação, mas não creio em forte retomada, porque o nível das exportações, afetadas pela situação ruim dos nossos principais compradores – Estados Unidos, Europa e América Latina – não deve mudar. E cerca de 20% da atividade industrial é destinada à exportação.”

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Equilíbrio – Wong define como dupla a estrada que leva a um posto de trabalho. Por um lado, o candidato deve investir em suas competências técnicas; por outro, deve cuidar de suas competências internas: auto-estima e autoconfiança. “As empresas querem pessoas com equilíbrio, que saibam se relacionar no ambiente de trabalho e que demonstrem ter inteligência pessoal.”

De qualquer maneira, um candidato nunca deve esperar que uma oportunidade caia no seu colo. Pró-atividade é característica valorizada pelas empresas. “Mostre-se disponível, não sinta vergonha. Hoje, não há razão para sentir embaraço por estar desempregado”, afirma Wong. “Vá atrás. Mesmo empresas que não procuram ninguém têm vagas a oferecer. Se souber de alguém que tem contato em uma empresa, fale com essa pessoa. O networking é valioso: cerca de 60% das vagas no nível executivo são preenchidas por indicação.”

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