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OAS pagou propina a Alves via conta de Temer, diz MPF

Informação consta em pedido de prisão preventiva contra ex-ministro do Turismo. Repasse teria sido de 500.000 reais por meio de caixa 1

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 21h57 - Publicado em 7 jun 2017, 21h04
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  • O ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves
    O ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves é preso no apartamento onde mora, no bairro de Areia Preta, Zona Leste de Natal (RN), durante operação da Polícia Federal - 06/06/2017 (Frankie Marcone/Futura Press/Folhapress)

    A Procuradoria do Rio Grande do Norte afirmou que o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) recebeu “valores ilícitos” da empreiteira OAS por meio da conta do então vice-presidente Michel Temer durante a eleição de 2014. A informação foi usada pelo Ministério Público Federal (MPF) para pedir a prisão preventiva de Alves, que foi cumprida nesta quarta-feira na Operação Manus, dada a sua proximidade com o agora presidente da República.

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    A procuradoria incluiu nos autos a triangulação do repasse de 500.000 reais, que foi feito via caixa 1. Pelos extratos da prestação de contas, o valor caiu na conta de Temer tendo como doador a OAS SA, em 11 de setembro de 2014. No mesmo dia, a soma foi transferida para o diretório estadual do PMDB do Rio Grande do Norte — naquele ano, Alves que já foi presidente da Câmara e deputado por onze mandatos disputou o governo do Estado, mas perdeu.

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    Rasgado Prisão Preventiva Alves
    Trecho do pedido de prisão contra Henrique Eduardo Alves (MPF/Reprodução)

    Alves foi preso sob suspeita de receber pelo menos 7,5 milhões de reais de propina para favorecer empreiteiras, entre elas a OAS e Odebrecht. Uma das obras investigadas seria a da Arena das Dunas, que foi erguida para sediar jogos da Copa do Mundo em 2014.

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    No mesmo pedido, a procuradoria diz que, mesmo depois de ter renunciado ao cargo de ministro do Turismo, Alves continua a “exercer intensa atividade política em âmbito nacional”. Como argumento, o MPF citou viagens “constantes” com “periodicidade semanal” de Natal a Brasília de junho de 2016 a abril de 2017.

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    “O quadro se mostra mais preocupante se considerado que, exatamente em 2016, até os dias de hoje, o partido político de Henrique Eduardo Lyra Alves, o PMDB, assumiu a Presidência da República, (…). O vice-presidente Michel Temer, correligionário de Eduardo Henrique Lyra Alves, assumiu o poder, sendo concretamente provável que o ora investigado se dirija a Brasília exatamente para com ele estabelecer articulações da mais diversa ordem”, escreveu o procurador Rodrigo Telles de Souza.

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    Alves também foi ministro do Turismo no governo Dilma Rousseff e chegou a ser mantido por Temer no posto no período de afastamento provisório do impeachment. Pediu demissão depois de ser sido citado na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, cujo depoimento também foi anexado ao pedido de prisão.

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    Procurada, a assessoria do Planalto informou que quem daria um posicionamento sobre o assunto seria o diretório nacional do PMDB. A reportagem tentou contatar o partido, que não foi localizado. O mesmo ocorreu com a defesa de Alves.

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