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O depoimento de Lula a Moro: cherchez la femme

Petista atribui as decisões do tríplex à falecida esposa e parece sugerir, como nas histórias francesas, que a chave dos mistérios é a mulher

Por Daniel Pereira, Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 Maio 2017, 03h52
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  • O esperado embate entre o ex-presidente Lula e o juiz Sergio Moro acabou em anticlímax. Não houve vencedores nem vencidos notórios, o que não chega a ser boa notícia para Lula. Acusado de ser o dono oculto do famoso tríplex no Guarujá, o qual teria recebido de presente da OAS pelos serviços prestados à empreiteira, Lula teve a oportunidade de fazer o que há muito diz que lhe sonegam: o direito de defender-se. No entanto, Lula confirmou o que não podia negar, negou tudo o que podia e, num gesto que chamou atenção, chegou a apontar o dedo para sua mulher, a ex-­primeira-dama Marisa Letícia, morta há três meses depois de sofrer um AVC. Com isso, Lula fez lembrar a ordem mais popular das histórias francesas de detetive quando se pretende esclarecer algum mistério insondável: cherchez la femme — ou, siga a mulher.

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    Segundo Lula, Marisa foi quem se interessou pelo tríplex, e não ele. E interessou-se para fazer um investimento, não para morar nem para passar o verão à beira-mar. O juiz Moro perguntou sobre as mensagens telefônicas trocadas por executivos da OAS nas quais o ex-presidente aparece como o beneficiário da reforma do imóvel. “Eu não sou obrigado a responder mensagens que o Ministério Público pegou entre duas pessoas alheias a mim”, respondeu o réu. O juiz perguntou sobre a visita de Lula ao tríplex na companhia de Léo Pinheiro, então presidente da OAS. “Fui ver o apartamento, coloquei quinhentos defeitos no apartamento, voltei e nunca mais conversei com o Léo sobre o apartamento.” O juiz perguntou por que Marisa Letícia visitou o tríplex em 2014, quando discutia com funcionários da OAS benfeitorias no imóvel. Diante da insistência de Moro, Lula afirmou desconhecer documentos assinados por Marisa e não saber por que sua família, na negociação com a OAS, teve condições mais favoráveis do que as de outros proprietários de apartamentos no mesmo edifício. O direito de aquisição do imóvel era de sua esposa, repetia o réu. E repetia de forma enfática, ao tentar afastar-se de qualquer responsabilidade sobre a transação.

    No depoimento ao juiz Sérgio Moro, a reedição da estratégia do “eu não sabia de nada” (Reprodução/VEJA)

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