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Nova fase da Operação Acrônimo mira chefe da Casa Civil de MG

Marco Antônio Rezende é ligado à empresa de consultoria MOP, cuja propriedade é atribuída pelos investigadores ao governador de Minas, Fernando Pimentel

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h46 - Publicado em 23 set 2016, 11h53
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    A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira a 9ª fase da Operação Acrônimo que investiga esquema de corrupção envolvendo verbas do BNDES na gestão do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), quando comandava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Essa é a terceira fase realizada em duas semanas.

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    Entre os alvos da ação de hoje está o chefe da Casa Civil de Minas, Marco Antônio Rezende e outras pessoas ligadas às empresas de consultoria MOP e OPR no Estado. Essa fase investiga outro esquema paralelo que supostamente envolve Pimentel com a empresa OAS, que é alvo de mandado de busca e apreensão. Na ação de hoje, não há prisões, somente conduções coercitivas.

    A MOP Consultoria e Assessoria foi aberta em novembro de 2012 por Rezende e pelo atual presidente da Companhia de Tecnologia da Informação de Minas (Prodemge), Paulo de Moura. Quando Pimentel era prefeito de Belo Horizonte, entre 2001 e 2008, eles integravam o primeiro escalão da gestão municipal e ficaram nos cargos até 2012, já na administração Marcio Lacerda (PSB).

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    Os investigadores suspeitam que Pimentel seja o dono da consultoria e beneficiário dos recursos que ela recebe. Alguns indícios que corroboram para essa tese são as notas fiscais que a Polícia federal recolheu, em uma das fases da Acrônimo, numa sala alugada por Pimentel para ser seu escritório político em BH. As notas eram referentes a pagamentos à MOP e a outras empresas atribuíds pelos investigadores ao governador, como a OPR Consultoria Imobiliária, em nome dOtílio Prado, um dos principais assessores do petista.

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    A MOP recebeu 635.000 reais do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra) – que representa as viações de ônibus da capital mineira, contratadas na gestão do petista, em 2008, para operar as linhas da cidade por 20 anos. O faturamento previsto é de 10 bilhões de reais. Marco Antônio coordenava a licitação. A empresa dele teve ainda mais sete clientes e faturou 1,9 milhão de reais em 21 meses.

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    Quando Pimentel venceu as eleições para governador, em 2014, os dois sócios da MOP fecharam a empresa. Ambos trabalharam na campanha e, em seguida, na equipe que cuidou da transição do governo. Rezende era coordenador financeiro e jurídico do comitê.

    No dia 15 de setembro, a Polícia Federal indiciou Fernando Pimentel e o empresário Marcelo Odebrecht por corrupção em esquema para liberar financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à empreiteira. Ao governador de Minas foram imputados os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Marcelo Odebrecht, a PF atribui prática de corrupção ativa.

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    O indiciamento ocorreu pouco depois que foi deflagrada a oitava fase da Acrônimo, que apurou cooptação e pagamento de vantagens indevidas para fraudar licitações no Ministério da Saúde, beneficiando gráfica de propriedade

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    Pimentel. Outra linha de investigação dessa fase foi a interposição de empresa na negociação e pagamento de vantagens indevidas a agente público, para obtenção de financiamentos de projetos no exterior pelo BNDES, nos seguintes países: República Dominicana, Angola, Cuba, Panamá, Gana e México, no interesse da Odebrecht.

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    Dois dias antes, a PF havia deflagrado a sétima fase da operação contra o empresário Felipe Torres, ligado à família do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e contra Sebastião Dutra, da empresa Color Print. Segundo os investigadores, Dutra teria omitido notas fiscais falsas para uma empresa que fez obras no restaurante e para a campanha de Pimentel.

     

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