No terceiro dia de julgamento, Lindemberg deve ser ouvido
Acusado de matar a ex-namorada a tiros em 2008, ele nunca se pronunciou sobre o crime. Expectativa é de que júri termine ainda nesta quinta-feira
Por Da Redação
15 fev 2012, 06h34
O julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar a tiros a ex-namorada Eloá Pimentel, em outubro de 2008, entra no terceiro dia nesta quarta-feira. E a expectativa é de que o réu se pronuncie pela primeira vez sobre o crime. A previsão é de que os trabalhos sejam retomados às 9 horas. Desde que Eloá foi morta Lindemberg nunca falou sobre o caso.
Os trabalhos no Fórum de Santo André, no ABC Paulista, foram interrompidos por volta das 23h20 de terça-feira. O segundo dia de júri foi marcado pelas controvérsias envolvendo a advogado do réu, Ana Lúcia Assad. O comportamento dela chamou atenção no segundo dia de julgamento. Ana Lúcia chegou a dizer que a juíza Milena Dias, que preside o júri, tinha que voltar a estudar. Em resposta, foi ameaçada de processo por desacato pela promotora Daniela Hashimoto.
Ela também surpreendeu a todos ao voltar atrás na intenção de arrolar a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, como testemunha de defesa depois de ameaçar abandonar o julgamento no primeiro dia. Ana Lúcia disse ter ficado muito incomodada por causa de notícias de que ela teria discutido com a mãe de Eloá nesta manhã. “Eu nunca discuti. Eu conversei com a juíza porque desisti de ouvir Ana Cristina, não me dirigi à mãe de Eloá. Estou sendo hostilizada por coisas que eu não falei.”
A advogada estava visivelmente irritada. O cenário criado por ela condiz com a imagem que vem tentando traçar da imprensa diante dos jurados. Desde o primeiro dia, a advogada tenta corresponsabilizar a imprensa e a polícia pelo desfecho do sequestro de mais de 100 horas de Eloá. “É por causa de alguns membros da imprensa também que esse caso existe.”
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Logo depois de desabafar diante dos repórteres, a defensora de Lindemberg retornou ao plenário. O esperado é que o júri ouvisse o depoimento da última testemunha arrolada pela defesa, o tenente do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) Paulo Sérgio Squiavo. No entanto, Ana Lúcia apresentou um requerimento contestando a ata do julgamento. Alegou que os protestos feitos por ela não tinham sido registrados. O pedido foi negado.
Além da questão técnica – que atrasou ainda mais o julgamento – , ela tomou uma atitude no mínimo inusitada: levou ao plenário sua insatisfação com a imprensa, voltou a dizer que não tem segurança para ir às ruas. E exibiu um colete à prova de balas. “Por causa da imprensa, essa advogada está sendo muito hostilizada pelos populares que acompanham o julgamento e teme por sua integridade física. Tanto é verdade que foi enviada a essa defensora um colete à prova de balas”, disse.
A sessão foi suspensa pouco depois de 23 horas. A expectativa é que o julgamento termine ainda na quarta. Ana Lúcia Assad deixou o Fórum de Santo André pouco antes da meia-noite. Escoltada pela polícia, por solicitação dela.
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