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No RS, Campos foge de questão indígena e poupa Marina

Na capital gaúcha, os candidatos participaram de evento com defensores da remoção de índios em terras de agricultores familiares, opinião que vai de encontro com posicionamento da ex-senadora

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 jul 2014, 21h52
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  • Forte defensora dos direitos indígenas, a candidata a vice-presidente pelo PSB Marina Silva participou nesta quinta-feira de um encontro com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), em Porto Alegre (RS), onde dividiu a tribuna com defensores da remoção de índios em terras de agricultores familiares. Ao fim do encontro, diferentemente de Eduardo Campos e do candidato ao Senado pelo PSB Beto Albuquerque, a ex-ministra do Meio Ambiente não posou para fotos usando o boné da entidade.

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    Durante o evento, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, defendeu que o conflito que atinge diversos Estados do país, incluindo o Rio Grande do Sul, seja solucionado sem afetar os pequenos produtores. “Queremos garantir que a terra não seja retirada dos agricultores familiares. Os índios têm uma área demarcada, mas em algumas regiões eles querem expandi-la. Os índios vivem da mata, mas estão arrendando terras para os grandes agricultores”, disse.

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    Na tentativa de evitar algum constrangimento, Campos não tratou do mérito da controvérsia, mas jogou a culpa do conflito sobre os ombros do Palácio do Planalto. “Tem alguém no desenrolar da eleição colocando uma visão que não é a nossa sobre essa questão da área de conflitos com assentamentos feitos pelo próprio governo brasileiro. Eu quero deixar muito claro que essa situação está chegando nesse limite por omissão do governo federal. Faltam políticas. Nós precisamos garantir o direito dos índios e também dos agricultores familiares”, afirmou.

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    Em abril deste ano, dois agricultores gaúchos foram mortos após um conflito com indígenas na região de Faxinalzinho, no Norte do Rio Grande do Sul. O assunto da demarcação de terras foi parar nas mãos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ainda segue indefinido.

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    Divergências – Os “dilemas éticos” entre Campos e Marina, principalmente aqueles relacionados à área ambiental, já eram previstos no início da união e foram confirmados com o veto da ex-senadora a diversas alianças nos palanques estaduais. No Rio Grande do Sul, por exemplo, Marina impediu a união com a favorita ao governo, a candidata Ana Amélia (PP), por ela ser fortemente ligada ao agronegócio e ter defendido, no Congresso Nacional, o Código Florestal.

    Questionada pelo site de VEJA, Marina negou a existência de um desconforto: “O Eduardo respondeu que não vai se omitir diante dos graves problemas. É com base no princípio de Justiça que haverá o diálogo. Os direitos têm de ser observados. Tanto para os índios, que historicamente foram marginalizados e massacrados, quanto para os agricultores, que o governo cometeu no passado o erro de assentá-los em terras indígenas. O diálogo nunca me causa um desconforto”, disse a ex-senadora.

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