‘Não mudaremos a nossa postura’, diz coronel agredido
Reynaldo Simões Rossi foi cercado e espancado por vândalos mascarados durante protesto na última sexta-feira; oito pessoas seguem detidas
Por Da Redação
28 out 2013, 11h55
O coronel da Polícia Militar Reynaldo Simões Rossi, espancado por black blocs durante protesto do Movimento Passe Livre (MPL) na última sexta-feira, afirmou nesta segunda que não mudará a prática de dialogar com os organizadores dos atos. Ele defendeu a estratégia de tentar afastar a minoria de “criminosos e vândalos” do restante da massa. “Nós não mudaremos a nossa postura”, disse, em entrevista à rádio Estadão .
“Há um conjunto de procedimentos operacionais que são adotados. Se, infelizmente, esses episódios de depredação e agressão acontecem, é justamente porque esses grupos se apropriam das manifestações legítimas”, afirmou.
Chefe do Comando de Policiamento de Área Metropolitana 1 (CPAM1), Rossi foi cercado, espancado e acabou perdendo a arma e o rádio comunicador. Atingido por uma placa de ferro por manifestantes mascarados, o oficial sofreu fratura na escápula, além de cortes no rosto e na cabeça. Ele foi atendido no Hospital das Clínicas e liberado em seguida. A agressão foi filmada.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) repudiou as agressões e defendeu mudanças para endurecer a legislação contra ataques a policiais. Após a invasão, o Terminal Parque D. Pedro II ficou completamente destruído: ônibus, lojas, caixas eletrônicos e catracas foram depredados.
Sobre a responsabilidade de manter a tropa sob controle após ataques a PMs, o coronel Rossi disse que apenas seguiu normas da corporação. “Em todas as manifestações, independente do tema, os nossos pressupostos são garantir o livre direito de manifestação, tentar impedir ou minimizar o dano ao patrimônio e agressões a pessoas.”
“Quero frisar que quem foi ferido na sexta-feira não era um coronel, e sim mais um policial militar que estava representando o estado”, disse.
Suspeito – Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 24 anos, foi identificado nas imagens feitas durante a agressão. Ele foi autuado e enviado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém. A ação causou revolta na cúpula da PM, que prometeu uma “resposta dura” aos black blocs.
O coronel Rossi propôs que os flagrados cometendo atos de vandalismo ou agressões sejam impedidos de participar de novos atos enquanto não são julgados. “Acho que temos que aperfeiçoar o conjunto legislativo atual. As agressões a policial militar, representante do Estado, bem como os episódios de depredação, têm uma punição extremamente branda, que poderia ser cumulada com algumas medidas restritivas.”
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