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Na véspera de jogo-teste, índios voltam à Aldeia Maracanã

Polícia militar e batalhões especiais precisaram intervir e nove foram detidos

Por Da Redação
26 abr 2013, 18h25

Um dia antes do jogo-teste no Maracanã, manifestantes voltaram ao antigo Museu do Índio, no entorno do estádio situado na Zona Norte do Rio. Na tarde desta sexta-feira, cinco índios invadiram o local, que havia sido desocupado no fim de março em meio a um grande tumulto.

Policiais militares foram mobilizados para conter os protestos, com apoio do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), e Avenida Radial Oeste ficou parcialmente interditada. Os envolvidos foram detidos e encaminhados à 18ª DP (Praça da Bandeira).

O destino do prédio que já abrigou o museu começou a ser questionado no fim do ano passado, quando o governo do estado anunciou que o entorno do Maracanã seria demolido para receber as reformas do estádio que sediará jogos das copas das Confederações e do Mundo, além da Olimpíada de 2016. O espaço está desativado há mais de 30 anos.

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Leia: No Maracanã, o milagre da multiplicação dos índios

Entorno – Apesar das manifestações contrárias, o governo do Rio está um passo mais próximo das demolições do estádio de atletismo Célio de Barros e do parque aquático Júlio Delamare, previstas no edital de concessão do Maracanã à iniciativa privada. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizou as demolições e já enviou comunicado ao governo fluminense. As duas arenas ficam no entorno do Maracanã, tombado em 2000.

Segundo o Iphan/RJ, somente o Maracanã é tombado, mas qualquer intervenção no entorno só pode ser feita com a autorização do Instituto. No documento enviado ao governo do Rio, o Iphan autoriza as demolições de Célio de Barros, Júlio Delamare e também da escola municipal Friedenreich porque “sob o ponto de vista do tombamento, estas não agregam valor ao bem tombado”.

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Leia mais: Proibida a demolição do Parque Aquático Júlio Delamare

A decisão é final. Foi tomada pela superintendente no Rio, Cristina Lodi, “com a concordância” da presidente nacional do Instituto, Jurema de Sousa Machado. A autorização “recomenda” a “manutenção” do Maracanãzinho e do prédio do antigo Museu do Índio, que já estão previstas no edital de concessão – embora inicialmente a intenção do governo fosse também demolir o prédio do Museu. Agora, será transformado em Museu Olímpico.

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O Iphan/RJ solicitou que sejam submetidos ao Instituto os “novos projetos executivos a serem construídos no entorno do Maracanã, quer sejam edificações ou obras de urbanização”, e também os projetos de “restauração/requalificação” do Museu do Índio e do Maracanãzinho.

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A autorização do Iphan veio um dia depois de a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) lançar abaixo-assinado em sua página na internet contra a demolição no parque aquático Júlio Delamare (que recebeu investimentos de 10 milhões de reais na reforma para o Pan de 2007). O protesto já foi assinado pelos grandes nomes da natação brasileira, os medalhistas olímpicos Thiago Pereira e Cesar Cielo, que disputam no Rio o Troféu Maria Lenk.

A licitação para concessão do Maracanã à iniciativa privada continua em andamento. Na fase atual, a comissão de licitação, formada por integrantes do governo do Rio, analisa as propostas técnicas apresentadas pelos dois consórcios que disputam o comando do estádio pelos próximos 30 anos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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