MPF denuncia 22 pessoas por rompimento da barragem de Mariana
Entre os acusados, estão a cúpula da Samarco e representantes da Vale e da BHP; mineradoras também foram denunciadas por crime ambiental
Por Da redação
Atualizado em 20 out 2016, 20h24 - Publicado em 20 out 2016, 15h18
O Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais denunciou nesta quinta-feira 22 pessoas e 4 empresas pelo rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana (MG), em 5 de novembro do ano passado. O derramamento de de toneladas de lama destruiu o vilarejo de Bento Rodrigues. matou dezenove pessoas e provocou danos ao meio ambiente ainda incalculáveis.
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A procuradoria acusa formalmente 21 pessoas por homicídio qualificado com dolo eventual, ou seja, quando se assume o risco de matar. Entre elas, estão o ex-presidente da Samarco Ricardo Vescovi e o ex-número 2 da empresa Kleber Terra, além de representantes do conselho da Samarco indicados pelas mineradoras BHP e Vale, entre os quais um sul-africano, dois americanos, um australiano e um francês.
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Como pessoas jurídicas, as mineradoras Samarco, Vale, BHP Billiton e a consultoria VogBr foram denunciadas por crime ambiental, contra a fauna e flora, ordenamento urbano, e por poluição.
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Na apresentação da denúncia, o procurador chefe da força-tarefa que apurou a tragédia, José Adércio Leite Sampaio, afirmou que o rompimento aconteceu porque a empresa priorizou o lucro ao invés da segurança. “O que ocorreu foi o sequestro da segurança da represa. A barragem, com tantos problemas, praticamente disse ‘vou romper'”, afirmou Sampaio.
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Em junho, a Polícia Federal indiciou oito pessoas e as empresas Samarco, Vale e VogBR por crimes ambientais e danos contra o patrimônio histórico e cultural.
Em nota, a BHP afirmou repudiar “veementemente” as acusações e que irá “apresentar sua defesa contra as denúncias oferecidas, prestando também todo o suporte na defesa dos indivíduos denunciados.”
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