PF indicia Vale, Samarco e 8 pessoas por tragédia em Mariana
Polícia Federal concluiu o inquérito que investigou os crimes ambientais causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em novembro do ano passado
A Polícia Federal concluiu o inquérito que investigou crimes ambientais causados pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG), em novembro de 2015. A tragédia deixou 19 mortos.
A PF indiciou a Samarco, responsável pela barragem, a Vale, uma das donas da Samarco, a VogBR, empresa que emitiu o laudo atestando a estabilidade de Fundão, e mais oito pessoas.
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A PF concluiu que os investigados sabiam dos riscos do rompimento e agiram de forma negligente, afirmou o promotor do Ministério Público de Minas Gerais, Carlos Eduardo Pinto, que participou das investigações. Em janeiro, a PF já havia realizado indiciamentos com base em conclusões parciais do inquérito.
Os nomes das pessoas indiciadas não foram divulgados. As causas do desastre foram associadas a uma perda de estabilidade na fundação de rejeitos, em um processo conhecido como liquefação. “Os tremores não foram fator decisivo e sim uma liquefação que houve em razão do acúmulo de água na barragem”, disse o promotor.
Os documentos do inquérito seguem agora para a avaliação do Ministério Público Federal, que deverá se manifestar sobre o tema para a Justiça Federal.
Considerado o pior desastre ambiental da história do Brasil, o rompimento da barragem deixou centenas de desabrigados e poluiu o Rio Doce, que percorre diversas cidades até atingir o mar no Espírito Santo.
(Com agência Reuters)