O policial civil Napoleão Seki Júnior, de 38 anos, que na última semana assassinou a namorada, Paola Natália Cardoso, de 23 anos, e em seguida tentou o suicídio, não resistiu a uma cirurgia e morreu nesta quinta-feira. Ele estava internado na UTI do Hospital Cajuru.
Napoleão algemou e matou Paola com quatro tiros no meio da rua em Curitiba. Em seguida, atirou contra a própria cabeça. O projétil perfurou o maxilar, atingiu o olho esquerdo e acabou alojado na cabeça. Ele foi socorrido e levado para o hospital.
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Brigas – Napoleão e Paola começaram a namorar há um ano, mas, segundo familiares, viviam uma relação conturbada. Eles moravam juntos há pouco mais de uma semana. Paola era estudante de química na Universidade Federal do Paraná e tinha um filho de um ano e três meses de uma relação anterior.
Segundo testemunhas, o casal discutiu antes do crime. Uma das pessoas que acompanharam a briga afirma que Paola estava em um Celta e foi tirada de dentro do carro pelo namorado. Em seguida, foi algemada e jogada no meio da rua. Nesse momento, segundo relato de um pedestre que também presenciou a cena, um rapaz que passava pela rua tentou intervir. A moça chegou a escapar e correr, mas logo Napoleão a alcançou.
Uma outra testemunha gravou em vídeo parte do crime. Imagens das câmeras de rua foram solicitadas pela Delegacia da Mulher, que também pediu o vídeo feito pela testemunha. O delegado investiga, além do homicídio, o uso de arma e algemas da Polícia Civil.
Um dia após o crime, a Polícia Civil informou que Napoleão estava afastado dos serviços como policial porque respondia a dois processos administrativos por desvio de conduta, porte ilegal de arma e briga com vizinhos. O policial exercia cargo administrativo na Secretaria de Segurança Pública.
(Com Estadão Conteúdo)