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Marina Silva: “Não se cria partido por causa de eleição”

Ex-ministra do Meio Ambiente, Marina se recusa a dizer que disputará a Presidência em 2014, mas continua a afirmar: "É possível fazer política de uma nova forma"

Por Branca Nunes
4 nov 2011, 15h00

“Em menos de uma década, o Brasil conseguiu algo inédito: reduzir a pobreza, aumentar a produção e diminuir o desmatamento. O problema é que agora o governo parece estar fazendo o possível para voltar atrás”

Marina Silva está muito animada. Nesta quarta-feira, recebeu a notícia de que o Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) deste ano incluiu os indicadores ambientais entre os fatores determinantes para a medição do IDH. No próximo sábado, 12 de novembro, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente de Luiz Inácio Lula da Silva estará em São Paulo para o lançamento da base estadual de sua mais recente paixão: o Movimento por uma Nova Política, um grupo suprapartidário de pessoas que compartilham ideias e princípios – e que tem como base a sustentabilidade e a possibilidade de se fazer política de uma forma diferente, duas bandeiras levantadas por Marina nas eleições presidenciais de 2010. Ela garante que ainda não sabe quais candidatos apoiará em 2012, recusa-se a admitir que tentará a Presidência em 2014 e não arrisca previsões sobre a criação de um novo partido. “Não se cria um partido por causa de eleição”, enfatiza. “Eleição é apenas um dos aspectos da política, que deveria ser exercida, inclusive com mais intensidade, nos intervalos entre os pleitos”. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Qual a importância da inclusão, em 2011, dos indicadores ambientais no Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento? É algo muito positivo. Não podemos medir a qualidade de vida e de desenvolvimento humano sem levar em consideração a questão ambiental: a perda de áreas produtivas pela desertificação, o degelo das calotas polares, o aumento da incidência de doenças, a diminuição da biodiversidade – responsável por 50% do PIB dos países em desenvolvimento. Se não houver a inclusão dos indicadores ambientais, não está se medindo qualidade de vida. Será a medição de uma espécie de bolha de melhorias.

Se os indicadores ambientais fossem incluídos entre os que determinam o Índice de Desenvolvimento Humano (saúde, educação e renda), a senhora acha que o Brasil ocuparia uma posição melhor no ranking do IDH? Não tenho critérios técnicos para afirmar isso, mas um país que tem 60% de sua área coberta por florestas, como é o nosso, com certeza tem suas vantagens. Por outro lado, incluir os indicadores ambientais na avaliação da qualidade de vida significa lutar para preservar ainda mais o meio ambiente. Se a legislação que protege a floresta for alterada, se não houver incentivos para a preservação da biodiversidade e se essa proteção não puder gerar qualidade de vida também em termos econômicos, não haverá benefícios para o Brasil. Os países de renda média e alta têm um papel muito importante em redirecionar a dinâmica de desenvolvimento para que a melhoria da qualidade de vida seja alcançada sem prejuízo à preservação das bases ambientais do desenvolvimento.

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