A Marginal Tietê vai ganhar, até julho, uma faixa exclusiva para a circulação de ônibus. A via ficará à direita e funcionará, de segunda a sexta-feira, das 6h às 9h no sentido Rodovia Castello Branco. Na direção oposta, rumo à Rodovia Ayrton Senna, irá operar das 17h às 20h, de acordo com informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
A extensão da faixa exclusiva ficará entre as pontes das Bandeiras e Aricanduva, totalizando 12,7 quilômetros (7,7 no sentido Ayrton Senna e 5 quilômetros no rumo contrário). Neste trecho, circulam trinta linhas da São Paulo Transporte (SPTrans), levando uma média diária de 211 000 passageiros.
Segundo a prefeitura, a sinalização para a colocação da nova faixa já começou. Serão 236 placas de advertência e 2 676 metros quadrados de sinalização horizontal. De acordo com a CET, a multa para motoristas que desrespeitarem a faixa nos horários proibidos será de 85,13 reais – além de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
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Caminhões – A CET também divulgou que as restrições impostas aos caminhões nas marginais Tietê e Pinheiros não contribuíram para reduzir o trânsito na cidade. O levantamento foi feito com base na média das lentidões máximas no período de catorze meses antes (1º de janeiro de 2011 a 29 de fevereiro de 2012) e catorze meses depois (5 de março de 2012 a 30 de abril de 2013) das restrições na Marginal Tietê, iniciadas em março do ano passado.
As estatísticas mostram que, no horário de pico da manhã (7h às 9h), a lentidão no trânsito da cidade piorou 11%, passando de 76 para 84 quilômetros. No período das 9h às 17h, os congestionamentos foram de uma média de 74 para 92 quilômetros – piora de 24%. Já no pico da tarde (17h às 20h), houve crescimento de 17% (de 107 quilômetros para 125) no trânsito travado. Nesse horário, na Marginal Tietê, a piora foi ainda maior (32%), passando de 20 quilômetros para 26,4.
Desde 5 de março de 2012, caminhões não podem circular, em dias úteis, das 5h às 9h e das 17h às 22h. Aos sábados, a proibição vai das 10h às 14h.
Com o anúncio da pesquisa e com a admissão, por parte da própria CET, que o trânsito não melhorou, aumenta a expectativa de que a gestão Fernando Haddad (PT) possa derrubar a restrição, iniciada no mandato do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD).
(Com Estadão Conteúdo)