Justiça decreta prisão de acusado de matar americano
Segundo a Polícia Civil, um gerente de uma casa de prostituição confessou ter cometido o crime por ciúmes da namorada
O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou nesta sexta-feira a prisão temporária do gerente de uma casa de prostituição Alysson Gonçalves Canuto, de 28 anos, principal suspeito de matar o empresário americano David Benjamin Sommer, de 50 anos. Desaparecido desde o dia 11 de janeiro, o corpo do estrangeiro foi encontrado enterrado nas margens da Rodovia Imigrantes na quinta-feira. Segundo a Polícia Civil, o acusado confessou o crime e está preso na carceragem do 77º Distrito Policial, na Santa Cecília, centro da capital paulista.
As investigações do caso, conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), tiveram início no dia 14, quando uma sócia de Sommer avisou a polícia sobre o seu desaparecimento. A vítima morava no Brasil há nove anos e trabalhava para uma seguradora. Após receber informações de que o americano frequentava uma casa de prostituição no bairro da Liberdade, centro de São Paulo, a polícia conseguiu um mandado de busca para vasculhar o local. Imagens de câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostraram que a vítima entrou no prédio, onde funciona o prostíbulo, mas não saiu.
A principal linha de investigação é que Sommer mantinha um relacionamento conturbado com uma das mulheres, que trabalhavam no local, cujo namorado era o gerente da casa. O crime teria sido motivado por ciúmes. Segundo o DHPP, Canuto afirmou que matou o homem com um golpe de mata-leão e injeções de soníferos. Depois, ele teria colocado o corpo do americano em uma geladeira e o levadao para a Rodovia Imigrantes, entre os quilômetros 12 e 13, onde enterrou o cadáver e queimou o eletrodoméstico.
Apesar de dizer que cometeu o crime sozinho, a diretora do DHPP, Elizabeth Ferreira Sato, suspeita do envolvimento de outras duas pessoas no caso. “Me parece impossível que Canuto tenha agido sozinho”, afirmou. O acusado responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Além de ter algumas passagens na polícia, ele já foi conenado em dois processos criminais por tráfico de drogas e roubo. A prisão temporária vale por quinze dias, mas pode ser prorrogada pelo mesmo prazo até que o inquérito seja concluído.
Leia também:
Esquartejadora de motorista diz que foi ameaçada de morte
(Com Estadão Conteúdo)