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Juiz decreta prisão preventiva de oito presos na Operação Hashtag

Marcos Josegrei, responsável pela operação, atendeu ao pedido do Ministério Público feito nesta sexta-feita. Seis presos ganharam liberdade condicional

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 set 2016, 22h51 - Publicado em 16 set 2016, 20h33
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  • O juiz federal Marcos Josegrei da Silva, responsável pela Operação Hashtag, converteu em preventivas as prisões temporárias de oito suspeitos de ligação com o grupo extremista Estado Islâmico e de planejarem ataques terroristas no Brasil. Eles foram presos na deflagração da primeira fase da operação, em julho, e estão em uma penitenciária de segurança máxima em Campo Grande (MS). O magistrado justifica a decisão publicada no início da noite desta sexta-feira como “para assegurar que cessem as práticas continuadas e reiteradas de delitos e que se evite a concretização de atos que podem ser caracterizados como terroristas, sob pena de ficar fragilizada a ordem pública”.

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    A decisão de Josegrei atendeu ao pedido feito hoje pelo Ministério Público Federal contra oito presos, justamente os que também foram denunciados pelo MPF: Leonid El Kadre de Melo, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Israel Pedra Mesquita, Alisson Luan de Oliveira, Oziris Lundi, Fernando Pinheiro Cabral, Luis Gustavo de Oliveira e Hortêncio Yoshitake.

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    Eles são acusados pelos crimes de promoção de organização terrorista e associação criminosa. Leonid El Kadre, Oziris, Israel e Yoshitake respondem, além disso, por incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos. Considerado um dos líderes do grupo, El Kadre também é acusado de recrutamento para organização terrorista.

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    O juiz escreveu no despacho que “todos integram o mesmo grupo, estimulam mutuamente a prática de atos violentos e extremistas entre si. Dedicam grande parte do tempo a exaltar, a divulgar as ações do autoproclamado Estado Islâmico. Ameaçam cometer atentados terroristas, cogitam alvos, postam imagens de execução, declaram-se partidários dos métodos utilizados pelo grupo terrorista, advogam a morte por execução de homossexuais, de muçulmanos xiitas, de ‘infiéis’, de judeus, de pessoas que sejam nacionais de países que combatem militarmente o Estado Islâmico”.

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    Marcos Josegrei da Silva ainda descreveu os perfis de cada um dos presos que, a partir da sua decisão, passam a não ter mais prazo para deixar a cadeia. Segundo o magistrado, Leonid El Kadre “é um indiciado já condenado pela prática de crime violento (homicídio), que demonstra ter aderido radicalmente aos ideais extremistas e que, pouco antes de ser preso por ordem deste Juízo Federal, perseverava nessa conduta” e Alisson Luan de Oliveira é “peça-chave na comunidade Defensores da Sharia, sendo o seu criador e um dos mais (se não o mais) atuante”.

    Josegrei classifica Levi e Israel como “pessoas totalmente engajadas com a causa terrorista” e Fernando e Luís Gustavo como “indivíduos altamente violentos e danosos ao convívio social”. O juiz federal relata em sua decisão que no celular de Oziris foram encontradas instruções sobre como produzir bombas caseiras e que Hortêncio “afirma claramente seu desejo de matar homossexuais na aveninda Paulista em São Paulo e explodir uma panela de pressão tal qual ocorrido na maratona de Boston/EUA”.

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    Ganharam liberdade condicional Valdir Pereira da Rocha, Antonio Andrade dos Santos Júnior, Marcos Mário Duarte, Daniel Freitas Baltazar, Vitor Barbosa Magalhães e Mohamad Mounir Zakaria. Magalhães, Rocha e Baltazar também serão monitorados por meio de tornozeleiras eletrônicas.

    Os seis deverão comparecer mensalmente, a cada diz 5, na unidade da Polícia Federal mais próxima de onde vivem. O juiz também determinou a entrega de seus passaportes e os proibiu de “frequentar cursos ou atividades que envolvam explosivos, armas de fogo, artes marciais e simulacros de armas de fogo” e de se ausentarem das cidades onde moram.

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