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José Dirceu impõe disciplina e vira o ‘rei da cela’

O ex-ministro da Casa Civil controla a rotina dos companheiros de cárcere e ajudou o ex-presidente do PT José Genoino, encaminhado nesta quinta-feira para o Hospital das Forças Armadas após passar mal

Por Da Redação
21 nov 2013, 21h18
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  • Acostumado a dar ordens, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu impõe disciplina na prisão. Levanta bem cedo, faz ginástica, organiza temas para debates e virou o “rei da cela”. É ele o mandachuva que passa as tarefas para os companheiros e decreta a hora de fazer exercícios, de ler, de caminhar e de jogar conversa fora.

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    Na manhã desta quinta-feira, antes da saída do deputado licenciado e ex-presidente do PT José Genoino – que passou mal e foi hospitalizado -, Dirceu deu voz de comando a Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido. Maníaco por limpeza, ele pegou um balde de água, sabão e vassoura e puxou Delúbio para ajudá-lo na faxina na cela S 13, número do PT.

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    “A gente chega lá e sai triste com a situação, mas também motivado, porque meu pai não se entrega. É um guerreiro”, afirmou o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro.

    Quem vai visitar Dirceu e seus companheiros tem a impressão de que está em um quartel. A sala de visitas é modesta, com mesa e cadeiras, e todos vestem roupas brancas. No Centro Penitenciário da Papuda, a cela que abriga os condenados do PT foi a cantina do presídio, hoje reformada.

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    Até esta quinta-feira, era Dirceu – hipocondríaco de carteirinha – quem cuidava do horário dos remédios de Genoino, conferia se ele se alimentava direito e procurava animá-lo. “A Dilma defendeu você”, disse ao deputado, na noite de quarta-feira, numa referência à entrevista na qual a presidente Dilma Rousseff afirmou estar preocupada com a saúde do amigo petista.

    No manual de autoajuda de Dirceu, o importante é manter “a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”. Para se distrair no cárcere, o ex-chefe da Casa Civil do governo LulaO Capital e suas Metamorfoses, do economista Luiz Gonzaga Belluzzo. “O ensaio é uma tentativa de resgatar Karl Marx como pensador da prisão a que ele foi submetido ao longo do século 20”, definiu o autor. Depois de ler, Dirceu gosta de saber a opinião dos colegas de cela – como Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (hoje PR) e Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB – sobre as eleições de 2014 e os rumos da política.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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