Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Interior de SP busca água em lagos e cavas de mineração

Foram mapeados cerca de 58 reservatórios e 61 cavas; captação dessa água pode ser feita por meio de caminhões-pipa ou sistema de bombeamento

Por Da Redação
1 set 2014, 10h02
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A seca histórica nos rios e represas que compõem o Sistema Cantareira tem levado cidades da região de Campinas, no interior paulista, a buscarem em lagos e cavas de mineração desativadas uma alternativa de abastecimento de água. Por meio de imagens de satélites, o Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) mapeou 119 áreas com potencial para suprir a escassez hídrica na região, a pior nos últimos 84 anos. “É como procurar um oásis no deserto”, afirmou o coordenador do projeto, José Cezar Saad.

    Publicidade

    Até o momento, o levantamento apontou para a existência de 61 cavas e 58 pequenos reservatórios. “Agora, vamos fazer um sobrevoo para identificar e confirmar a existência dessas cavas e reservatórios e discutir como elas podem ser aproveitadas”, explicou Saad. Os possíveis pontos de captação serão apresentados aos 43 municípios e às trinta empresas associadas ao consórcio. Ao todo, a região abrange 76 cidades, onde vivem 5 milhões de pessoas. Caberá aos interessados – prefeituras e empresas de saneamento – levantar informações sobre a propriedade das áreas, negociar o uso da água e avaliar se o recurso é próprio para consumo humano.

    Publicidade

    “O grande problema é saber se a água tem condição de uso ou se tem algum contaminante que inviabilize seu consumo mesmo após tratamento. Por isso, nossa primeira recomendação será uma análise criteriosa e rigorosa da qualidade da água, conforme as determinações dos órgãos de saúde e de controle, como a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo)”, disse Saad. “Muitos municípios já não têm mais água em quantidade suficiente para abastecer a população. Estamos buscando todas as fontes possíveis”, completou o coordenador.

    Leia também:

    Publicidade

    Em oito questões, entenda a crise da água em São Paulo

    Em São Paulo, 2,1 milhões enfrentam racionamento oficial

    Publicidade

    Há 15 meses, Cantareira perde mais água do que recebe

    Continua após a publicidade

    Atualmente, dois municípios da região – Cordeirópolis e Saltinho – já estão usando água de cavas de mineração desativadas para suprir o abastecimento público. Mesmo com a fonte alternativa, as duas cidades não conseguiram evitar o racionamento de água, afetando cerca de 30.000 pessoas. Só na região de Campinas, outras quatro cidades aderiram ao rodízio no abastecimento: Cosmópolis, Nova Odessa, Valinhos e Vinhedo. Em todo Estado já são ao menos vinte municípios, atingindo mais de 2 milhões de pessoas.

    Publicidade

    Segundo Saad, a transposição destas reservas de água em cavas e lagos para as estações de tratamento, rios e represas que abastecem as cidades das Bacias PCJ poderá ser feita por meio de um sistema de bombeamento com a utilização de tubulações temporárias de sistema de engate rápido ou permanente de diversos materiais, como alumínio, aço ou polietileno.

    Outra alternativa é a utilização de caminhões-pipa para captar a água nos reservatórios e levar até as residências e indústrias. Segundo o consórcio, levando em conta um consumo de 200 litros de água po dia por habitante em uma cidade com 10.000 habitantes, serão necessários aproximadamente 240 veículos por dia, com a capacidade de 7.000 litros cada unidade, para suprir a demanda.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.