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Inep vê possibilidade de Bolsonaro avaliar previamente questões do Enem

O novo presidente afirmou que vai discutir possibilidade dentro dos termos legais e que o presidente representa o 'anseio de mudança'

Por Da Redação 24 jan 2019, 15h14

Marcus Vinícius Rodrigues, novo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por formular o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), disse que o instituto vai discutir possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PSL) avaliar as questões da prova antes de ser aplicada.

Rodrigues, que tomou posse na manhã desta quinta-feira 24, afirmou que ele próprio tem autoridade para ver a prova, mesmo que isso não seja praxe. Disse, ainda, que “o presidente foi legitimamente eleito com 62 milhões de votos” e que os assunto vai ser conversado dentro dos aspectos legais.

Após a aplicação do Enem 2018, que foi elaborado durante a gestão anterior, Bolsonaro fez críticas à prova, que classificou como “vexame” e “doutrinação exacerbada”. Ele disse que, quando assumisse a Presidência, o governo tomaria conhecimento do conteúdo do exame antes de sua aplicação.

“O presidente representa o anseio de mudança. Estou aqui dentro desse princípio. Vamos mudar o modelo, com responsabilidade, com coerência, dentro do legal”, disse o presidente do Inep.

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Rodrigues deixou claro que mudanças serão feitas no Enem e que o banco de questões “não terá postura ideológica”. As perguntas da prova, segundo ele, deverão priorizar o que for necessário para medir o conhecimento. “Vamos respeitar nossas crianças e adolescentes”, afirmou.

O presidente do Inep, no entanto, foi enfático ao defender a segurança do exame. Nesta quarta-feira 23, em Davos, o presidente Bolsonaro em conversa com assessores chegou a citar o risco de “vazamento de prova” pelo PT. “Trabalhei em poucas empresas com níveis de segurança como a do Inep. A estrutura é muito segura. Isso nos deixa muito tranquilos”, disse Rodrigues.

Ideologias

Rodrigues, ainda nos primeiros minutos do discurso de posse, agradeceu a Deus por sua indicação ao cargo, citou família, pátria e criticou “ideologias e crenças” inadequadas nas escolas, que, segundo ele, teriam “origens em interpretações superficiais de pseudointelectuais ou de um oportunismo pseudo partidário”.

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De acordo com ele, os principais objetivos do Inep são “uma nova escola, com novos paradigmas, que resgatem novos valores e tenham como diretrizes o respeito à família e à pátria”.

Ele também disse que pretende melhorar a qualidade, a confiança nos sistemas usados pelo instituto e reduzir custos.”Não é preciso necessariamente ter alto custo para realizar um bom trabalho. Podemos ter excelentes exames e itens com custo menor, otimizar nossas estruturas e processos, a parte tecnológica, com integração maior o que tornará mais eficaz”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

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