Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Índios são atacados por pistoleiros, após STF reconhecer a tribo como proprietária da área

Homens armados invadiram a Fazenda Rancho Alegre na quinta-feira e efetuaram disparos. Um dia antes do crime, o supremo decidiu, por 7 votos a 1, anular os títulos das fazendas cujos terrenos localizavam-se dentro da reserva

Por Valmar Hupsel Filho
5 Maio 2012, 12h36
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um dia depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular os títulos de propriedade concedidos a fazendeiros e agricultores na reserva Caramuru-Catarina Paraguassu, na Bahia, e reconhecer o direito dos indígenas à terra, a aldeia da etnia Pataxó Hã Hã Hãe foi atacada por pistoleiros. Homens armados invadiram a Fazenda Rancho Alegre, que fica dentro da área de retomada, efetuaram disparos e atearam fogo em colchões.

    Publicidade

    O ataque aconteceu no início da noite da última quinta-feira. Ninguém ficou ferido porque os cerca de oito índios que estavam na fazenda se refugiaram na mata do entorno. “Os cachorros estavam latindo muito e quando a gente foi ver tinha um monte de gente armada se aproximando”, descreve o índio Reinaldo Silva Pataxó, 34 anos. Ele não soube precisar quantos eram os agressores. “Tinha bastante. Foram muitos tiros”, resume.

    Publicidade

    Na última quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por 7 votos a 1, anular os títulos das fazendas cujos terrenos localizavam-se dentro da reserva, onde vivem cerca de 3 200 índios. Eles passaram a ter o direito sobre os 54 000 hectares de terra da Reserva Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, entre os municípios de Itaju do Colônia, Pau Brasil e Camacan, no interior da Bahia. Os fazendeiros esperam receber indenização pela desapropriação das terras, cujos títulos foram doados pelo governo estadual.

    A decisão pôs fim a uma disputa judicial de três décadas, mas não diminuiu a tensão na região. Este foi o primeiro ataque violento desde a decisão do STF. Na última semana, um não-índio foi morto com um tiro na cabeça, um índio foi baleado na perna e um caminhão, incendiado. Há relatos de tiros e ameaças, além da presença de uma grande quantidade de pistoleiros próximos a fazendas na região do Rio Pardo.

    Na última sexta-feira, mais policiais federais do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) chegaram à região e orientaram os índios a não saírem das fazendas retomadas.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.