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Indicado por Dilma, Teori Zavascki pode tumultuar desfecho do mensalão

Zavascki poderia votar nos itens que o ministro Cezar Peluso não opinou

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 set 2012, 17h07
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  • Indicado para compor o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Albino Zavascki, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não tem impedimentos para participar do julgamento do mensalão, segundo ministros da corte ouvidos pelo site de VEJA nesta segunda-feira.

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    “Há uma norma regimental prevendo que, mesmo não assistindo o relatório e as sustentações da tribuna, se o integrante do Supremo se declarar habilitado a votar, ele pode votar”, afirmou o ministro Marco Aurélio Mello.

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    O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, disse que Zavascki poderia até pedir vista dos autos para analisar melhor o processo. “Se ele vier a tempo de participar, tem todos os poderes dos demais ministros”, disse ele.

    A participação de Zavascki depende da agilidade do Senado em agendar sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Segundo o presidente da comissão, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), se o nome do novo ministro chegar até amanhã à Casa, é possível agendar a sabatina na CCJ até o dia 26. Em seguida, seu nome precisa ser aprovado em votação secreta em plenário, o que pode ocorrer no mesmo dia da sabatina.

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    A nomeação de um novo ministro para o STF não desrespeita nenhuma norma legal, mas cria um fator de instabilidade e incerteza num julgamento que é longo e politicamente carregado.

    Pedido de vista – Um eventual pedido de vista apresentado pelo futuro ministro, por exemplo, pode atrasar ainda mais o desfecho do julgamento. Nesses casos, o regimento do Supremo inicialmente estipula prazo de dez dias, renováveis por mais dez, contados a partir da data de recebimento do processo em seu gabinete. Esse intervalo já retardaria o julgamento em um mês.

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    O cenário, entretanto, pode ser ainda pior porque, na prática, esses prazos são fictícios. Uma resolução da corte, criada para regulamentar pedidos de vista, prevê que o ministro pode requerer mais tempo para analisar o caso, desde que apresente uma justificatica. Segundo técnicos da corte, “há casos de pedidos de vista que já duram quatro anos”.

    O atraso também poderá fazer com que o STF encerre o julgamento com mais uma mudança de composição. Em novembro, Ayres Britto deixará a presidência do tribunal devido à aposentadoria, cargo que passará para Joaquim Barbosa, hoje o relator da ação do mensalão. Com isso, o posto de relator também terá de trocar de mãos.

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    Voto – Zavascki poderia votar nos itens da ação penal em que o ministro Cezar Peluso, aposentado desde o último dia 3, não opinou. Ou seja, na prática, ele votaria sobre praticamente todos os itens, com exceção das acusações contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato e sobre a denúncia de desvio de recursos públicos do BB.

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    Teori Zavascki, de 64 anos, foi desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região até 2003, quando chegou ao STJ nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É ligado ao governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT).

    O Supremo Tribunal Federal realiza nesta segunda-feira a 21ª sessão do julgamento do mensalão.

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