Diante do agravamento da crise hídrica em São Paulo, o governo do Estado já estuda novo aumento da tarifa de água em abril, além de sobretaxa maior para os que elevarem o consumo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. Embora a nova alta da tarifa seja tema de conversas de integrantes do governo e dirigentes da Sabesp, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) resiste à ideia, uma vez que a conta de água foi reajustada em dezembro em 6,49%.
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Os que defendem o novo aumento, segundo o jornal, alegam que os reajustes em anos anteriores também ocorreram em abril – com exceção de 2014, quando foi anaunciado apenas depois das eleições. A medida ajudaria não apenas a inibir o consumo, como a repor as perdas da Sabesp com a falta d’água: a empresa deve deixar de arrecadar 1,5 bilhão de reais com as medidas adotadas para minimizar os efeitos da crise, como a concessão de bônus a quem economiza água.
Alckmin pediu a técnicos da Sabesp que estudem novas medidas para conter o problema. Uma das ações em estudo é o endurecimento da sobretaxa para quem elevar o consumo, informa a reportagem. Procurada pelo jornal, a Sabesp não se manifestou oficialmente.
As ações financeiras seriam complementares a outras medidas analisadas pelo governo do Estado, como a ampliação da vazão da represa Billings para o sistema interligado de fornecimento de água da Grande São Paulo. A intenção do governo é aumentar o fornecimento de água a partir dos outros sistemas para poupar o Cantareira, que é o manancial mais prejudicado pela crise hídrica. A retirada de água do Cantareira, como determinado pela Agência Nacional de Águas (ANA), já foi reduzida de 33 m3/s para 17 m3/s.