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Déficit de água nos mananciais que abastecem SP é de 2,5 bi de litros por dia

Cantareira, Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande, Alto Cotia e Rio Claro registram saldo negativo de 23,9 mil litros por segundo, segundo jornal

Por Da Redação
21 jan 2015, 07h13

Com apenas 20% da chuva esperada para janeiro, os seis principais mananciais que abastecem a capital e Região Metropolitana de São Paulo registram déficit diário de 2,5 bilhões de litros, justamente no período em que deveriam estar enchendo para suprir a demanda nos meses tradicionalmente mais secos. É o que mostra levantamento do jornal O Estado de S. Paulo com base em dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

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Somados, os reservatórios do Cantareira, Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande, Alto Cotia e Rio Claro registram saldo negativo de 23.900 litros por segundo quando se considera a quantidade de água que entra e sai dos sistemas. Para se ter uma ideia, o saldo equivale à captação do Cantareira antes do agravamento da crise hídrica, segundo a reportagem.

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Na terça-feira, segundo informações da Sabesp, o estoque de água para abastecer a Grande São Paulo era de 264,7 bilhões de litros, apenas 12,3% da capacidade dos reservatórios. Já o volume de água produzido para a região caiu 25% em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, de 71.000 litros por segundo para 53.000 litros. A redução, contudo, é incapaz de contrapor-se aos efeitos da estiagem: dos 146.800 litros por segundo esperados para encher os mananciais neste mês, apenas 29.700 litros foram registrados, de acordo com a média da última semana.

“É assustador esse cenário. Se considerar que é basicamente o mesmo que o Cantareira fornecia de água, isso quer dizer que se continua tirando muita água de todos os mananciais”, disse Maria Cecília Wey de Brito, secretária-geral da WWF-Brasil, “No momento em que temos um sistema em colapso, com volume morto sendo usado, qualquer diminuição na entrada de água é ir ladeira abaixo”, completou.

Para piorar, a seca no maior manancial está mais aguda. Nesta terça, o Cantareira bateu novo recorde negativo. O sistema registra uma entrada de água de 7.900 litros por segundo – 12,6% da média histórica do mês, que é de 62.800. O pior resultado anterior na relação entre a chuva esperada e a registrada era de fevereiro de 2014, com 12,9% da média. Cada 1.000 litros por segundo abastecem cerca de 300.000 pessoas.

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O presidente da Sabesp disse que vai “fechar ainda mais a torneira” para reduzir a retirada de água dos mananciais e conta com uma terceira cota de 41 bilhões de litros do volume morto do Cantareira.

Interior – Também abastecidas pelo Cantareira, as cidades da bacia do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) tiveram queda nas vazões ontem e, se estivesse em vigor resolução em estudo pela ANA e o DAEE, entrariam em restrição de abastecimento. A vazão chegou em alguns pontos a 2.300 l/s, enquanto o limite seria de 2.500.

(Com Estadão Conteúdo)

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