Goiás transfere presos e investiga tortura
Diretor do sistema penitenciário pede celeridade para apurar denúncia de maus tratos
O diretor-geral de Administração Penitenciária de Goiás, coronel Agnaldo Augusto da Cruz, determinou a transferência dos quadro detentos que denunciaram a prática de tortura no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia. Conforme VEJA revelou, quatro advogados detidos no presídio encaminharam uma carta à OAB/GO em que narram vários casos de violência ocorridos no interior do estabelecimento.
A direção do Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia informou que, ao tomar conhecimento da denúncia, deu início a uma série de procedimentos internos para apuração dos fatos. Na carta, os advogados Adelúcio Lima Melo, José Roberto de Sá, Luiz Carlos de Souza Lima e Charles Sandre Leopoldino afirmam ter testemunhado “presos, algemados, totalmente imobilizados e sofrendo agressões físicas”. Segundo eles, os detentos são ‘batizados’ ao chegarem ao Núcleo de Custódia, com “pancadarias e gás”.
Um das vítimas das agressões teria sido o médium João de Deus, de 77 anos de idade, condenado por abuso sexual. Ele foi autorizado a pena em regime de prisão domiciliar por integrar o chamado grupo de risco do coronavírus.