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Presos denunciam tortura em presídio de Goiás

Detentos apresentaram à Ordem dos Advogados do Brasil relatos de agressões físicas e 'batismo' com gás de pimenta

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 abr 2020, 08h42 - Publicado em 8 abr 2020, 07h00

Quatro advogados que estão presos no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia (GO) informaram à OAB do estado que é constante a tortura de detentos na penitenciária. No último sábado, 4, VEJA revelou que o médium João de Deus, de 77 anos, antes de ser solto por integrar o grupo de risco do coronavírus, foi espancado. De acordo com um laudo médico, os agressores usaram um instrumento contundente, que feriu a cabeça do médium, condenado a quase 20 anos de prisão por abuso sexual.

No documento enviado à Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás no dia 16 de março, os advogados Adelúcio Lima Melo, José Roberto de Sá, Luiz Carlos de Souza Lima e Charles Sandre Leopoldino, que cumprem pena no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, denunciam tortura no presídio. Eles afirmam ter presenciado diversas vezes “presos, algemados, totalmente imobilizados e sofrendo agressões físicas”. Segundo eles, os presos são ‘batizados’ ao chegarem ao Núcleo de Custódia, com “pancadarias e gás”.

Trecho da denúncia dos advogados presos (divulgação/Divulgação)

Além das agressões, os detentos reclamam das más condições do presídio.  As celas, dizem eles, não possuem janelas ou ventilação, os banheiros não tem torneira, as tubulações de esgotos estão danificadas, o que provoca, além do mal cheiro, infestação de ratos, baratas e escorpiões. Os maus tratos incluem passeios de camburão, em que os motoristas dirigem em ziguezague para machucar os presos algemados dentro do carro.

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As cartas e documentos enviados pelos advogados à OAB em Goiás foram anexados a um ofício que o Conselho da Comunidade na Execução Penal enviou ao diretor-geral da Administração Penitenciária de Goiás (DGAP), coronel Agnaldo Augusto da Cruz, ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça do Estado. No ofício, o Conselho pede apuração e punição de responsáveis pelas torturas e maus tratos aos presos.

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Ofício pedindo investigação (divulgação/Divulgação)
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