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Ex-secretário de Paes, Chiquinho Brazão foi escolhido por seu partido

Prefeitura do Rio afirma que nome do parlamentar foi apontado pelo Republicanos e que ele deixou o governo “quando surgiram especulações sobre o caso”

Por Lucas Mathias Atualizado em 25 mar 2024, 13h50 - Publicado em 24 mar 2024, 12h45

Preso neste domingo, 24, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil/RJ), integrou, de outubro de 2022 a janeiro deste ano, a Secretaria de Ação Comunitária no governo do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Irmão de Domingos Brazão, também suspeito de ordenar o assassinato da ex-vereadora, ele integra família poderosa no estado, com largo histórico na política. Segundo a Prefeitura da capital fluminense, a escolha pelo nome do parlamentar para a pasta foi de seu partido, e ele foi exonerado “quando surgiram especulações sobre o caso”. 

Deputado federal em primeiro mandato, Chiquinho foi vereador por 12 anos, quando era filiado ao MDB. O parlamentar, inclusive, cumpriu mandato na Câmara Municipal do Rio ao lado de Marielle Franco. Seu nome foi citado na delação de Ronnie Lessa, autor dos disparos contra a ex-vereadora, como um dos mandantes do caso. Até então, o principal suspeito da família era Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio e ex-deputado estadual com grande influência. A família é citada entre os suspeitas pelo assassinato desde o início da investigação. 

Ainda assim, no dia 30 de outubro de 2023, Chiquinho Brazão foi empossado por Eduardo Paes como secretário de Ação Comunitária. Naquele momento, ainda não havia sinalizações formais de que ele teria envolvimento no crime, mas o caso tinha acabado de chegar ao Superior Tribunal de Justiça pelo foro de um dos mandantes, o que indicava a suspeita de participação do irmão de Chiquinho, Domingos Brazão, por sua função no TCE/RJ. 

O deputado federal foi exonerado já neste ano. A saída foi oficializada no Diário Oficial do município no dia 1º de fevereiro, em meio a novas informações que ligavam o caso Marielle à família Brazão.

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A chegada de Chiquinho ao secretariado de Paes foi um movimento político. Pré-candidato à reeleição para a Prefeitura do Rio, ele costurou, com a entrada do Republicanos em seu governo, o apoio do partido para a eleição municipal deste ano. A aliança nacional com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a aproximação da legenda com o governo federal, à época, também foi usada como uma das razões para a nomeação. 

Em nota, a Prefeitura do Rio informou que “o Partido Republicanos, ao estabelecer aliança com a administração municipal, escolheu no final de 2023 o deputado federal Chiquinho Brazão como representante da legenda para ocupar a Secretaria de Ação Comunitária”.

“Quando surgiram especulações sobre o caso, foi solicitada ao partido a indicação de um nome para substituí-lo e ele foi exonerado no início de 2024. A Prefeitura do Rio reforça seu apoio às investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes e espera que o caso seja elucidado pela Justiça”, reforçou.

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