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PF prende três suspeitos de mandar matar Marielle Franco

Operação ocorre na manhã deste domingo, 24

Por Da Redação Atualizado em 24 mar 2024, 12h41 - Publicado em 24 mar 2024, 07h41

Operação da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu neste domingo, 24, três suspeitos de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Também há 12 mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro.

Foram presos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.

Na semana passada, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que o Supremo Tribunal Federal (STF) havia homologado a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa. Lessa, que está preso desde 2019 sob a acusação de ser um dos executores do crime, teria apontado os nomes dos supostos mandantes e indicado a motivação do assassinato.

Pronunciamento de Lewandowski

Lewandowski disse que Lessa confirmou, numa audiência com um juiz auxiliar do gabinete de Moraes, todos os termos da colaboração. “Essa colaboração premiada traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”, afirmou o ministro, no pronunciamento.

O anúncio desagradou a viúva de Marielle Franco. Monica Benicio, que é vereadora pelo PSOL no Rio de Janeiro, disse que a fala “em nada colabora com a esperança” e criticou a “disputa de protagonismo político” em torno do caso. 

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Nós, familiares de Marielle e Anderson, não aguentamos mais a falta de respostas sobre quem mandou matar Marielle e nem promessas vazias sobre especulações de prazos que não se sustentam, só servem pra aumentar a nossa dor e a nossa ansiedade. Isso é desrespeitoso conosco“, disse Benicio no X (antigo Twitter), depois do pronunciamento. 

Ela acusou diretamente Lewandowski de transformar o caso em um “espetáculo”. “O que me causou surpresa, realmente, foi ver um ministro de Estado agir do mesmo modo, em especial, com o fechamento vazio de seu pronunciamento.”

Também nas redes sociais, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, destacou que medidas tomadas desde o início do mandato do presidente Lula foram decisiva para o esclarecimento do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

“O Governo Federal seguirá cumprindo o seu papel para combater essas quadrilhas violentas que cometem graves crimes contra as famílias brasileiras. A continuidade das investigações vai com certeza esclarecer vários outros crimes”, afirmou Pimenta.

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Investigação acidentada do caso Marielle

Ainda na gestão de Flávio Dino no ministério, as investigações esclareceram a cadeia de execução do assassinato de Marielle, mas ainda não haviam chegando ao mandante. O encerramento da investigação foi uma das promessas de Lula para o seu terceiro mandato.

O caso foi federalizado em fevereiro de 2023, no começo da gestão petista. Desde então, esse é o segundo acordo de colaboração premiada feito no caso. Élcio de Queiroz, apontado como o condutor do veículo usado no crime, fez uma delação em julho passado. Lessa é suspeito de ter sido o autor disparos e de ser o contratado pelo mandante.

Além dos dois ex-policiais militares, o bombeiro Maxwell Simões Corrêa também está preso, investigado por colaborar com a dinâmica do crime. No último dia 28, o Gaeco do Rio prendeu na Baixada Fluminense um homem suspeito de descartar o veículo usado pelos criminosos.

O caso estava no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e foi encaminhado para a Corte Constitucional no último dia 13, porque passou a ter como um dos investigados alguém com foro privilegiado por prerrogativa de função. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.

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