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Em BH, candidatos votam em escola ocupada por estudantes

Alexandre Kalil e João Leite votaram em colégio ocupado por estudantes que protestam contra a PEC do teto dos gastos e contra a reforma curricular

Por Da redação
30 out 2016, 13h40

Os dois candidatos que disputam o segundo turno da eleição para a prefeitura de Belo Horizonte votaram neste domingo na Escola Estadual Governador Milton Campos, conhecida popularmente como Colégio Estadual Central. A instituição é uma das sete na capital mineira que estão ocupadas por estudantes.

Eles protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, e contra a Medida Provisória (MP) 746, que propõe mudanças na estrutura do ensino médio.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) manteve o processo eleitoral nas escolas ocupadas e, em acordo com os estudantes, fez uma delimitação do espaço de mobilização, de forma a não atrapalhar o fluxo dos eleitores. A eleição nestes locais ocorre tranquilamente.

Alexandre Kalil votou às 10h20 acompanhado da mulher, Ana Laender. Ele disse que, se eleito, seu primeiro desafio será tirar famílias de áreas de risco. “Em janeiro, começa a cair casa e morrer gente. Na prática, já na segunda-feira você tem que correr na Defesa Civil, na prefeitura e no governo do estado para que esta catástrofe que se tornou rotina na vida de Belo Horizonte passe agora a ser exceção”.

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Às 12h10 foi vez do candidato João Leite comparecer ao Colégio Estadual Central para votar acompanhado do senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, e do também senador tucano Antônio Anastasia. “Não é brincadeira escolher um prefeito de Belo Horizonte. Eu confio na população. Ela escolherá alguém com muita experiência para administrar a cidade”, disse João Leite.

Aécio Neves considerou que a eleição em Belo Horizonte já representa para o PSDB uma vitória sobre seu principal adversário, o PT. Ele disse que, embora não assumam, os petistas estão aliados a Alexandre Kalil. “O PT teve uma votação no primeiro turno em Belo Horizonte muito pouco expressiva. E agora vive o constrangimento de apoiar por debaixo dos panos a candidatura do nosso adversário e de ser renegado por ele publicamente. Triste fim do PT”.

No primeiro turno, Reginaldo Lopes (PT) terminou a disputa na quarta posição com 7,27% dos votos. No segundo turno, o PT não anunciou oficialmente apoio a nenhum candidato. O governador mineiro Fernando Pimentel (PT) votou também pela manhã e não quis revelar seu voto.

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Cerca de 1 milhão e 900 mil eleitores estão aptos a votar neste segundo turno em Belo Horizonte. Ex-goleiro do Atlético-MG e deputado estadual em seu sexto mandado, João Leite foi o mais votado no primeiro turno com 33,4% dos votos válidos. Já o ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, registrou 26,56% da preferência do eleitorado.

O cenário é imprevisível, já que diferentes pesquisas indicaram empate técnico nos últimos dias. “A eleição será decidida por poucos votos”, opina o cientista político Lucas Cunha, do Centro de Estudos Legislativos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Lucas Cunha também acredita que os constantes ataques entre os dois candidatos no segundo turno favorecem a descrença dos eleitores, o que deve contribuir para que novamente se verifique uma alta taxa de abstenção. No primeiro turno, a soma de abstenções, votos nulos e brancos, superou 740 mil, mais do que a soma dos votos em João Leite e Alexandre Kalil.

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(Com Agência Brasil)

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