Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em 6 anos, número de envolvidos com PCC triplicou

Atualmente, cerca de 4.000 pessoas participam na organização criminosa; agência criada pelos governos federal e paulista vai rastrear contas da facção

Por Da Redação
12 nov 2012, 09h25
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Documentos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostram o envolvimento de cerca de 4.000 pessoas no Primeiro Comando da Capital (PCC). O órgão de inteligência financeira vinculado ao Ministério da Fazenda já tem mais de 60 relatórios prontos sobre a atuação da facção e, a partir desta semana, passa a compor a Agência Integrada de Inteligência, criada no dia 6 pelos governos federal e paulista para combater o crime organizado.

    Publicidade

    Mapear contas de pessoas ligadas ao PCC e rastrear a movimentação financeira de líderes e subordinados serão justamente as primeiras ações da agência, que tem como objetivo a troca de informações entre órgãos de segurança do estado e da União no combate à onda de criminalidade em São Paulo.

    Publicidade

    As informações do Coaf serão compartilhadas com as polícias Federal e Civil, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e outros integrantes da agência. A intenção é estancar fontes de financiamento da facção e identificar mecanismos de lavagem de dinheiro. Relatórios com todos os detalhes das operações já identificadas serão entregues aos representantes dos órgãos oficiais nas reuniões desta semana. Novos documentos serão produzidos a partir de agora.

    Leia também:

    Publicidade

    O que está por trás dos atentados do PCC em São Paulo

    Em fim de semana de ataques, ao menos 20 morrem em SP

    Publicidade

    O Coaf indica ainda a centralização de depósitos em contas bancárias de São Paulo, com maior incidência na capital e em cidades do interior com grandes penitenciárias. E revelam a falta de capacidade econômico-financeira dos envolvidos para o volume de recursos movimentados. A criação da agência faz parte do plano integrado anunciado pelo governador Geraldo Alckmin e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

    Fronteiras – O PCC já atua além das fronteiras do Brasil. Relatório do Sistema Brasileiro de Inteligência (SisBin) mostra que o grupo tem alianças desde 2008 com traficantes de Paraguai e Bolívia e hoje domina o comércio de cocaína e maconha para boa parte do mercado brasileiro.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Organizado como empresa, designa gerentes para trabalhar nos dois países com os grupos locais e eliminar intermediários. Atualmente, o grupo domina a chamada “rota caipira”, por onde passam drogas vindas dos dois países para abastecer o Brasil.

    A conexão internacional garante ao PCC não apenas o suprimento de drogas – apesar de outros meios, hoje o tráfico representa mais de 80% da arrecadação do grupo -, mas também o domínio da chamada “rota caipira”, que entra pela fronteira via Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para alimentar interior paulista e capital, eventualmente chegando ao Rio. Além da associação com traficantes locais, o PCC tem instalado nesses países alguns de seus próprios homens.

    Publicidade

    De acordo com o SisBin, apesar de boa parte da droga que abastece o continente europeu passar pelo Brasil, o PCC atuaria ainda apenas no abastecimento do mercado interno, o que não é pouco. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) calculam em 900.000 os usuários brasileiros de cocaína. Entre 60% e 80% da droga produzida na Bolívia serviria para abastecer o mercado interno.

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.